O universo dos Microempreendedores Individuais (MEI) é marcado pela agilidade do mercado e pelas frequentes modificações legislativas. Recentemente, uma reviravolta relevante impactou diretamente os MEIs: a exclusão de 34 atividades dessa categoria. Essa mudança tem potencial para reconfigurar substancialmente o cenário dos empreendedores que desejam ingressar ou já atuam nesse segmento empresarial.
Para todos aqueles que almejam ou já exercem a atividade de MEI, é de suma importância estar a par dessas transformações. Especialmente, compreender os detalhes das atividades agora restringidas é crucial para evitar complicações legais e assegurar a legitimidade e conformidade de seu empreendimento.
Neste artigo, exploraremos em profundidade a lista completa das atividades excluídas e examinaremos em detalhes as consequências dessa decisão. Esteja preparado para enfrentar essa nova realidade e continue trilhando o caminho do empreendedorismo com sucesso.
Atividades que não podem mais se formalizar como MEI
O cenário empresarial é dinâmico e sujeito a constantes adaptações, e o estatuto do Microempreendedor Individual (MEI) não é exceção a essa regra. No decorrer dos anos, tem havido uma série de ajustes na relação de atividades que podem ou não se enquadrar nesse regime simplificado.
Com a entrada de 2023, uma notável mudança surge, tornando-se inviável o registro de um CNPJ MEI para aqueles que desempenham determinadas atividades. Essa alteração reflete a necessidade de alinhar as regulamentações à realidade do mercado e garantir a sustentabilidade do sistema.
Neste contexto, é crucial compreender quais atividades estão agora sujeitas a restrições, uma vez que isso pode ter implicações significativas para aqueles que aspiram a ingressar no universo do MEI ou já estão inseridos nesse segmento empresarial. Abaixo, apresentaremos informações detalhadas sobre as atividades afetadas e suas consequências para os empreendedores.
- Abatedor(a) de aves
- Adestrador(a) de animais
- Alinhador(a) de pneus
- Aplicador(a) agrícola
- Arquivista de documentos
- Balanceador(a) de pneus
- Banhista de animais domésticos
- Coletor de resíduos perigosos
- Comerciante de fogos de artifício
- Comerciante de gás liquefeito de petróleo (glp)
- Comerciante de medicamentos veterinários
- Comerciante de peças e acessórios para motocicletas e motonetas
- Comerciante de produtos farmacêuticos homeopáticos
- Comerciante de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas
- Confeccionador(a) de fraldas descartáveis
- Contador(a)/técnico(a) contábil
- Coveiro
- Dedetizador(a)
- Editor(a) de jornais
- Esteticista de animais domésticos
- Fabricante de absorventes higiênicos
- Fabricante de águas naturais
- Fabricante de desinfestantes
- Fabricante de produtos de limpeza
- Fabricante de produtos de perfumaria e de higiene pessoal
- Fabricante de sabões e detergentes sintéticos
- Operador(a) de marketing direto
- Pirotécnico(a)
- Produtor de pedras para construção, não associada à extração
- Proprietário(a) de bar e congêneres
- Removedor e exumador de cadáver
- Restaurador(a) de prédios históricos
- Sepultador
- Tosador(a) de animais domésticos
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Não posso ser MEI, o que fazer?
Para aqueles que não se qualificam para o regime de Microempreendedor Individual (MEI), existe uma alternativa viável: a abertura de uma Microempresa (ME). Embora ambos compartilhem a palavra “microempreendedor” em seus nomes, há distinções importantes entre eles que afetam o funcionamento e a tributação de seus negócios.
A principal diferença reside nas regras tributárias e fiscais associadas aos registros. Enquanto o MEI está sujeito a um sistema tributário simplificado dentro do Simples Nacional, onde a arrecadação é realizada por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) com uma taxa fixa mensal, o Microempreendedor (ME) tem a opção de escolher entre diferentes regimes tributários, como Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
Outra distinção crucial é o limite de faturamento anual. De acordo com a Lei Complementar 123, o MEI pode ter um faturamento anual de até R$ 81.000, enquanto o ME pode alcançar um faturamento anual de até R$ 360.000. Essa diferença no teto de faturamento reflete as dimensões distintas de cada categoria empresarial e suas respectivas obrigações tributárias.
Portanto, a escolha entre MEI e ME deve levar em consideração não apenas a atividade profissional, mas também o porte e as projeções de faturamento do negócio, bem como as preferências quanto ao regime tributário mais adequado às necessidades do empreendedor. Cada opção possui suas próprias vantagens e desafios, e uma decisão informada pode fazer a diferença no sucesso e na sustentabilidade do empreendimento.