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4 em cada 10 brasileiros começaram 2024 endividados, revela pesquisa

por Bia Montes
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Imagem por @wayhomestudio / freepik

Para os brasileiros, 2023 foi um ano de resiliência: 4 em cada 10 começaram 2024 em meio a dívidas. Infelizmente o cenário se repete, pois o dado foi o mesmo do ano passado. Este e outros achados estão na pesquisa “Expectativas 2024” – estudo conduzido pela Hibou – empresa de pesquisa e insights de mercado, comportamento e consumo.

Apesar do cenário econômico, o brasileiro se mostra bem positivo para 2024, projetam um ano melhor, com esperança, prosperidade, conquistas e realizações. Os cuidados com o bolso e a saúde estão no topo das resoluções de ano novo: 76% querem cuidar da saúde e 52% pretendem economizar. Além dessas pretensões, 44% querem ler mais; 40% desejam maior proximidade da família; e viajar pelo Brasil (37%) ou exterior (23%).

“Sempre que se inicia um novo ano, as pessoas tendem a criar expectativas sobre o que irão fazer de diferente. As finanças e a saúde permanecem em alta, bem como aproveitar mais as atividades que não faziam durante a pandemia. Infelizmente, o quadro financeiro se repete. Assim como em 2023, cerca de 40% dos brasileiros entrarão em 2024 com dívidas”, observa Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.

Não tá fácil: 4 em 10 começam 2024 endividados

A estimativa dos brasileiros que começarão o ano em dívidas é a mesma do período de 2023, em que 4 em cada 10 também afirmaram a mesma situação. Os débitos entre os 41% que estão devendo chegam a R$5000 para metade deles: 4% devem até R$500; 16%, de R$500 a R$2.000; 30% estão em dívidas de valores entre R$2.000 e R$5.000. Com cifras mais altas, entre R$5.000 e R$15.000, estão 27% dos brasileiros, enquanto 22% estão devendo mais de R$15.000.

Diferente destes, para 2024, 50% vão celebrar a passagem de ano mais tranquilos e com as contas em dia, já 9% vão comemorar com dinheiro sobrando.
 

Pé no freio

Com um cenário desfavorável, o estudo mostra que 43% dos brasileiros pretendem evitar mais os gastos em 2024 do que fizeram em 2023. 24% vão manter o consumo, enquanto 13% acham que vão gastar mais. 20% ainda não têm certeza das suas finanças.
 

“A cada ano que passa, notamos que os brasileiros estão mais cautelosos com suas finanças. Cada oportunidade de gastar menos é valorizada ao máximo. Promoções, descontos e temporadas de vendas com preços mais baixos se tornam um diferencial diante da concorrência”, observa Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.

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As promoções no comércio serão perseguidas por mais da metade dos brasileiros (52%) em 2024. Eles vão buscar mais chances para comprar com preços melhores. Com o objetivo de não mexer no bolso, 45% vão economizar tudo que puderem e 17% pretendem usar cupons de desconto com mais frequência.

Para gastar seu dinheiro, 30% dos pretendem manter os hábitos de compras pela internet; 27% vão às compras tanto em lojas físicas quanto online e 6% querem comprar mais presencialmente. O investimento em cuidados pessoais com pele, looks e cabelo será mantido por 41%; 16% querem renovar o guarda-roupas e 11% vão gastar experimentando novas bebidas e sabores. 21% desejam usar mais o carro para passeios ou viagens.

Consumo alto não está no radar da maioria dos brasileiros…

Para os próximos 18 meses, planos de adquirir um bem durável não estão presentes. 22% não pretendem adquirir estes itens e 21% não souberam responder. Para 29%, o investimento pode ser em um carro; 25%, imóvel; 17%, eletroeletrônicos e 3% em motocicleta.

… mas viajar faz bem

Na lista das realizações para 2024, estão as viagens, seja para o Brasil ou exterior, para 45%. Para desbravar o mundo em mais oportunidades, 44% pretendem fazer várias viagens no decorrer do ano; e 15% querem arrumar as malas em vários finais de semana. Entre os que terão mais tempo, 15% querem aproveitar por uma semana inteira; 11% de duas a três semanas; 8% por um fim de semana; 6% durante um mês inteiro e 1%, durante o verão.
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Na hora de decidir para onde ir, todos os tipos de destinos se mostram atraentes para os brasileiros. As escolhas apontam para preferências parecidas, sendo as viagens a trabalho as menos atraentes:


43% Exterior

40% Cidades históricas

39% Praia deserta

38% Resorts all inclusive

36% Cidade do interior

34% Hotéis fazenda

32% Sítio/Chácara

30% Trilhas e natureza

22% Praia agitada

18% Parques aquáticos

11% Metrópole (urbana)

9% Viajar para ir num show

4% Viajar para eventos de trabalho
 

Saúde se tornou alerta

Na vida pessoal, a saúde permanece massivamente no topo das prioridades. 74% querem ter mais qualidade de vida, exercitando o corpo e a mente e, na sequência, manter o relacionamento atual é o desejo de 37%. As novidades e desafios estão na mente de 32%, que desejam experimentar novos projetos. Também estão na lista o engajamento em atividades sociais em prol da sociedade (29%) e maior consumo de produtos orgânicos (24%).

Vida profissional e tecnologia: ganhar tempo é essencial!

O deslocamento físico é um desafio para os brasileiros, tanto que 1 em cada 3 querem otimizar o tempo que gastam de um ponto a outro, se programando melhor. 13% querem usar cada vez mais ferramentas digitais, mesmo que sejam pagas.

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E, como a vida híbrida já se tornou uma realidade, 20% pretendem se dividir entre as atividades presenciais e online; 10% querem se ajustar a uma rotina híbrida de trabalho e 4% buscam maior convivência presencial com a equipe de trabalho.

Os estudos também estão no radar. 31% querem maior qualificação profissional e vão estudar online; 19% vão se arriscar em novos desafios e visam mudar de área; 18% pretendem finalizar algum curso, com faculdade, pós-graduação ou idiomas. Com foco em melhoria dos negócios e gestão de equipe, 13% vão participar de cursos. E enquanto 11% vão procurar emprego, 8% acreditam que vão trabalhar mais do que durante a pandemia. 

Lazer

Com a saúde em primeiro lugar na vida pessoal, 77% não poderiam optar por uma alternativa diferente da prática de atividades físicas e cuidado com o corpo. O exercício mental está no topo para 31%, que querem ler os gêneros que gostam; e 22% vislumbram aprender um hobby novo.

Há quem queira passar um tempo fora de casa: 46% pretendem viajar pelo Estado em que vivem e pelo Brasil; 35% pretendem retomar hábitos de antes da pandemia, como frequentar locais públicos como shoppings, parques e praças; 23% desejam viajar para o exterior.
 

Mas o aconchego de casa também faz parte do lazer e as plataformas de streaming se tornaram boas companhias para estes momentos, tanto que 7% querem ter acesso a mais conteúdos e planejam assinar mais plataformas. Nesse contexto, 32% pretendem maratonar mais séries em 2024 e 19% descobrir novas músicas e artistas para incluir em playlists. Os jogos eletrônicos e a participação de eventos remotos, como shows e encontros sem sair de casa, são opções para 5%, cada.


Ah, que delícia o verão…

O verão mal começou e os brasileiros já estão sentindo o calor da estação. As altas temperaturas atuais têm gerado desânimo e cansaço em metade dos brasileiros, por outro lado, 1 em cada 4, se sentem mais animados e dispostos.


44% querem aproveitar para sair e se divertir e 31% adoram a estação, pois os dias parecem durar mais. E, enquanto 13% vão continuar em home office depois da virada do ano, 22% vão buscar mais atividades em casa com a família; 12% vão viajar de carro no início de 2024; e 11% vão continuar encontrando os amigos em bares. 2% acreditam que teremos nova pandemia no próximo ano.
 

E as férias escolares?

O período de janeiro e fevereiro é um desafio para 17% dos entrevistados que possuem filhos pequenos e/ou em idade escolar. As crianças estão de férias e é necessário pensar em atividades para distrair os pequenos. Os programas sem custos estão no topo da agenda dos responsáveis.
 

50% Passeio em parques e áreas abertas

47% Mais atividades em casa

35% Passeios culturais

29% Viajar por alguns dias

19% Passar algumas tardes na casa de outros parentes

19% Atividades manuais em casa

15% Atividades extracurriculares na rua

13% Alugar uma casa na praia ou no campo

8% Colônia de férias

6% Atividades extracurriculares em casa

6% Vão passar um tempo na casa de parentes

5% Comprar alguns jogos, videogames ou brinquedos

3% A escola já terá voltado

2% Não sabem, mas acreditam que vai ser um caos

22% Não sabem, mas não vêem problemas

A gestão pública não traz otimismo

Mesmo esperançoso o brasileiro é pessimista com a gestão pública. Em ano eleitoral, 80% ainda não definiram os seus candidatos à prefeitura. E, no geral, a avaliação é de que haja algumas mudanças para pior ou melhor em 2024.

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