Você está perto de se aposentar? Já está em processo de aposentadoria? Talvez, no momento que esteja lendo este texto, nem faça ideia de quando (e se) vai conseguir se aposentar!
Saiba que, com estes avisos e dicas que você irá ler nos próximos parágrafos, suas chances de conseguiu o melhor valor de aposentadoria, o quanto antes, irão aumentar.
Vou te mostrar, de forma simples, quais os cinco maiores erros que as pessoas cometem na hora do encaminhamento do benefício no INSS. Tudo isso será baseado em casos reais que chegaram até o escritório e como foi possível corrigir ou ainda melhor: evitar!
Meu maior objetivo com este texto é lhe tranquilizar para que o processo de aposentadoria seja o mais ágil e certeiro possível. Ninguém quer ficar com um processo se arrastando por um descuido na documentação ou receber um valor menor na aposentadoria, certo?
Vamos começar com o básico: se você vai se aposentar pelo Regime Geral de Previdência Social (traduzindo: você paga INSS), você tem que prestar atenção em duas informações: idade e tempo de contribuição.
Assim, vamos para o primeiro erro que normalmente é cometido.
Não é possível se aposentar corretamente sem analisar todo o seu histórico de contribuições.
Felizmente é possível, através do Meu INSS, ter acesso ao documento que serve como extrato de tempo e contribuições que você fez durante toda a vida para o INSS: o famoso Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
Sempre que o INSS analisar o seu pedido de benefício, ele vai analisar primeiramente o que consta no próprio sistema, ou seja, os dados disponíveis no CNIS.
Portanto, o primeiro erro que geralmente o futuro aposentado comete é: não analisar todo o seu histórico de contribuições. Assim, antes de qualquer tomada de decisão, verifique se todos os seus vínculos de emprego, com datas de entrada e saída e recolhimentos individuais ou facultativos constam no CNIS.
Como dito no tópico anterior, analisar os vínculos de emprego e demais dados são importantes, mas isso é apenas o começo. Chegamos no segundo erro mais praticado pelo segurado: analisar superficialmente o CNIS.
A análise correta do extrato previdenciário deve ser em conjunto com a carteira de trabalho, pois é bem comum de existir um tempo na carteira que não consta no CNIS. Essa divergência de dados vai desde não constar alguns meses trabalhados, que estão registrados na carteira, até em alguns casos um vínculo inteiro estar faltando.
Como bem expliquei no tópico acima, o CNIS é o documento que mostra o que INSS sabe sobre a sua vida previdenciária. Logo, se este documento está incorreto quando comparado ao que você possui de prova (carteiras de trabalho, guias de pagamento, etc.), sua aposentadoria poderá ficar abaixo do valor correto ou mesmo nem sair (mesmo você tendo direito).
Mas e se o CNIS estiver errado, como mostrar para o INSS este erro e corrigir a informação? Você terá duas oportunidades: dentro do próprio pedido administrativo de aposentadoria ou através de um procedimento, antes da aposentadoria, de correção de informações.
Nas correções você poderá utilizar a sua carteira de trabalho, uma vez que dados como entrada e saída de emprego, mudanças de salário e demais informações, poderão ser utilizadas para as correções dos dados. Também poderão ser utilizados documentos alternativos, como Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, decisões judiciais favoráveis de ações trabalhistas e demais documentos.
Assim, atenção para os documentos que você possui em mãos! Nunca dependa exclusivamente das informações que o INSS tem em relação a você, elas com certa frequência estão incorretas.
Sim, ainda tenho que te contar esta notícia: nem tudo o que consta no CNIS será considerado na sua aposentadoria.
Como dito anteriormente, o CNIS serve como um banco de dados de toda a sua vida previdenciária. Assim, além de constar períodos e valores que vão contar para a sua aposentadoria, outros poderão ser excluídos e assim, prejudicar a obtenção do benefício.
Como o INSS demonstra quais períodos não serão calculados? Através de siglas. Muitas siglas.
Vou deixar abaixo as principais e seus significados:
Como você viu acima, as siglas que constam no CNIS acabam sendo bem técnicas, portanto, dica de ouro: procure um advogado especialista em previdenciário. Ele certamente vai lhe auxiliar na condução do seu processo de aposentadoria, definindo a melhor estratégia, pedindo e analisando os documentos mais pertinentes e garantindo um processo mais certeiro, rápido e tranquilo.
As contribuições para o INSS não dependem apenas de relação de emprego com carteira assinada. Muitas vezes as pessoas pagam INSS de forma autônoma (facultativo ou contribuinte individual).
Essas contribuições deverão estar no seu CNIS, constando o mês e valor de pagamento. O que é comum ocorrer, no entanto, principalmente para pagamentos de GPS antigos, é não constar tais contribuições no extrato previdenciário, ocasionando um problema para a sua aposentadoria.
Também é necessário ficar atento para o tipo de pagamento do GPS. Vejamos:
Também é necessário ficar atento para a alíquota aplicada em ambas as categorias:
Portanto, sempre verifique se suas GPS constam ou não no CNIS e qual a modalidade de pagamento. Assim, você saberá se está mais próximo do teto do INSS ou do salário mínimo no momento de receber aposentadoria.
Quando você vai se aposentar, o INSS acaba considerando apenas o período que consta no CNIS. No entanto, no seu extrato previdenciário, a não ser que você tenha corrigido anteriormente, não constará a sua atividade especial, rural, serviço militar ou de aprendiz.
Quando você se enquadra em algumas dessas categorias, sua aposentadoria tende a dar um salto de qualidade quando demonstrada corretamente para o INSS. Esse salto se refere tanto a diminuição do tempo para se aposentar, quanto para o valor de benefício que será pago.
Portanto, busque documentos que comprovem a atividade especial (o mais conhecido é o PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário); atividade militar, como aCertidão da Junta Militar; período rural para quem trabalhou em regime de economia familiar e por último aluno aprendiz, o qual necessita de uma série de documentos que comprovem que houve retribuição pecuniária durante a atividade.
Não importa em qual caso você se encontra, o mais indicado é procurar um advogado especialista em direito previdenciário para lhe auxiliar na comprovação de tais atividades e assim, garantir uma melhor aposentadoria.
Viu como é importante planejar a sua aposentadoria? Espero ter lhe ajudado a conseguir a melhor aposentadoria possível, demonstrando os 5 principais erros na hora de se aposentar e principalmente, como evitá-los.
Uma coisa que deve ter ficado claro: guarde e reúna toda a documentação previdenciária. Você nunca sabe quando será necessário corrigir alguma informação no CNIS ou informar o INSS que tal GPS foi paga e não consta no seu extrato.
Conte com o auxílio de um profissional da área caso surjam dúvidas antes de iniciar o seu processo. Planejamento e cautela farão você ganhar tempo e dinheiro!
Conteúdo original por Leonardo Petró de Oliveira Proprietário do escritório Petró Advocacia, inscrito na OAB/RS sob o n.º 99.427, com atuação exclusiva na área previdenciária. – Criador do canal no Youtube “Petró Advocacia” – Palestrante – Pós graduando em Advocacia Empresarial Previdenciária e Previdência Privada, EBRADI. – Pós graduado em Direito Civil e Processo Civil, UnIRItter Canoas/RS, 2015-2016 – Bacharel em Direito, UniRitter Canoas/RS 2010 – 2014
Introdução ao Relatório Jornal Contábil de Empresas no Brasil O Brasil encerrou 2024 com 21,6 milhões…
A reforma tributária, solução para simplificar a tributação sobre o consumo, apresenta desafios significativos para…
Se você participou de alguma edição do Enem, quer parcelar seus estudos e está tentando…
A inteligência artificial (IA) está transformando diversos setores da economia, e com os escritórios contábeis…
Nesta terça-feira, dia 04 de fevereiro, é uma data dedicada ao Dia Mundial do Câncer.…
A integração de inteligência artificial (IA) avançada, como o Deepseek, está transformando a contabilidade em uma…