Com o agravamento da crise provocada pelo novo coronavírus nos Estados Unidos, o número de desempregados no país poderá chegar a 20 milhões no mês de abril, de acordo com as estimativas da consultoria de análises econômicas Oxford Economics.
A previsão foi feita após os Estados Unidos registrarem um aumento recorde no número de pedidos de seguro-desemprego. Somente em uma semana (de 17 a 21 de março), mais de 3,2 milhões de pessoas entraram com a solicitação no país.
O número é cinco vezes mais alto do que o pico de pedidos de seguro-desemprego registrado durante a crise financeira de 2008 e representa um aumento de 12 vezes em relação à semana anterior.
O resultado reflete a repentina interrupção na atividade econômica em boa parte dos Estados Unidos. Os estados que mais tiveram pedidos de seguro-desemprego são justamente aqueles mais afetados pelas medidas de quarentena, necessárias para evitar a propagação do vírus e um aumento no número de mortes. Até nesta quinta-feira, o país tinha 75.178 casos confirmados da doença e 1.069 mortes.
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Entre os estados com maior número de solicitações de seguro-desemprego estão Pensilvânia, Nova Jersey, Ohio, Michigan, Massachusetts e Califórnia. Somente na Pensilvânia foram 400.000 pedidos de seguro em uma semana.
Em um relatório publicado nesta quinta-feira, a economista Nancy Van Den Houten, da Oxford Economics, ressalta que, nesse ritmo, o número de desempregados no país pode atingir de 15 a 20 milhões de pessoas no mês de abril, elevando a taxa de desemprego no país dos atuais 3,5% da população para mais de 10%.
“Com o fechamento parcial por todo o país levando a uma repentina paralisação na atividade econômica, a economia dos Estados Unidos vai passar pela maior contração que se tem registro com o maior e mais severo aumento do desemprego já registrado”, escreve a economista.
De acordo com a análise, a média móvel dos pedidos de seguro-desemprego nas últimas quatro semanas já é de 998.000, superando o recorde registrado durante a recessão causada pela crise financeira de 2008, que era de 659.000 pedidos.
Baseado na Revista Exame
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