A legislação trabalhista brasileira garante intervalos para os diferentes tipos de jornadas de trabalho.
O principal deles é conhecido como horário de almoço, mas que pode ser utilizado para qualquer finalidade.
Esse período tem como objetivo possibilitar o descanso do colaborador e evitar o esgotamento físico e emocional daqueles que atuam em suas funções profissionais durante várias horas do dia.
Por isso, fica sob responsabilidade do Departamento Pessoal organizar os intervalos durante o expediente dos trabalhadores, além de verificar se esse tempo de descanso está sendo cumprido corretamente.
Isso evita penalidades para a empresa e garante o cumprimento dos direitos dos colaboradores.
Então neste artigo vamos falar sobre esses tipos de intervalos e como eles devem ser cumpridos de acordo com a lei. Acompanhe!
Jornada de Trabalho
Antes de falarmos sobre os intervalos, é necessário entender a jornada de trabalho, cuja duração não pode ser superior a oito horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Isso vale para as empresas brasileiras.
Mas, vale ressaltar que existe a possibilidade de uma jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva, ou ainda jornada diferenciada, por terem regulamentação própria.
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Tipos de intervalos
Os nomes são parecidos e, por isso, os profissionais do Departamento Pessoal devem estar atentos ao intervalo interjornada e intrajornada.
O intervalo interjornada corresponde a 11 horas de descanso entre duas jornadas de trabalho.
Ele tem como objetivo garantir a saúde e segurança do funcionário, que pode utilizar esse período para o descanso, alimentação, higiene, lazer e outras atividades.
Para especialistas, se o funcionário não tiver um período de descanso, poderá ser prejudicado no trabalho devido ao baixo rendimento e isso também costuma resultar em sérios problemas de saúde.
Além disso, se o colaborador for acionado pela empresa durante este período, será preciso pagar um adicional, pois será considerado horas extras trabalhadas durante o intervalo interjornada.
O segundo tipo de intervalo citado, é referente às pausas durante o período trabalhado. Por isso, o intervalo intrajornada é concedido da seguinte maneira, de acordo com o 1 ° parágrafo do artigo 71 da CLT:
Art. 71 § 1º – Não exceder 6 (seis) horas de trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração exceder 4 (quatro) horas.
Para aqueles trabalhadores que atuam mais de 6 horas: têm direito à pausa de 1 hora ou mais para descansar ou se alimentar. Veja o que prevê o Art. 71 da CLT:
Art. 71 – Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para descanso ou alimentação, ou qual será, no mínimo, 1 (uma) hora e salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não pode exceder 2 (duas) horas.
§ 4º – Quando o intervalo de descanso e alimentação, previsto neste artigo, não é concedido pelo empregador, é obrigado a pagar ou o período correspondente a um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da hora trabalho normal.
Descumprimento
Assim, se o gestor não conceder esses períodos de descanso, a empresa pode ser penalizada com uma multa segundo o 4º parágrafo do artigo 71:
§ 4º – Quando o intervalo de descanso e alimentação, previsto neste artigo, não é concedido pelo empregador, é obrigado a pagar ou o período correspondente a um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da hora trabalho normal.
Para evitar o pagamento de hora extra, calculadas de acordo com as horas que forem exercidas a mais, o Departamento Pessoal pode acompanhar a jornada de trabalho, através do controle de ponto.
Sendo assim, ficam registrados todos os horários de entrada e saída dos colaboradores.
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Por Samara Arruda
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