O presidente, Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, indicaram nesta segunda-feira (25), o interesse pela privatização da Petrobras, o objetivo é de extrair petróleo e o gás natural mais rapidamente.
Com o indício do governo na privatização da estatal, muitos se questionam sobre a possibilidade da privatização ajudar a reduzir o preço dos combustíveis, como a gasolina que teve uma grande alta neste ano.
A privatização pode ajudar na redução dos preços?
A privatização da Petrobras por si só, não significa uma solução definitiva para a redução nos preços dos combustíveis. Além disso, o governo vem sendo fortemente pressionado pelo mercado, afinal, a privatização agora poderia jogar a responsabilidade em cima de outros donos ou acionistas.
No entanto, a fala do presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (25), quanto o desejo de privatizar a empresa fez com que as ações da Petrobras disparassem 7% ao longo do dia.
“[A privatização] entrou no nosso radar. Mas privatizar qualquer empresa não é, como alguns pensam, pegar empresa, botar na prateleira, amanhã quem der mais leva embora. É uma complicação enorme. Ainda mais quando se fala em combustível, né. Se você tirar do monopólio do estado que existe e colocar no monopólio de uma pessoa apenas particular fica a mesma coisa ou talvez até pior”, declarou o presidente.
Para especialistas a privatização poderá aliviar o governo de sofrer cobranças da população frente ao aumento do petróleo e consequentemente do combustível, mas não necessariamente reduzia o preço dos combustíveis.
Preço da gasolina
Para entender os motivos que levam os combustíveis como a gasolina a manterem os preços altos mesmo com uma possível privatização, precisamos compreender os fatores que determinam o preço no mercado.
No caso da gasolina, o preço é influenciado por três fatores, sendo eles, o valor internacional do barril do petróleo hoje em 85 dólares, a cotação do dólar, tendo em vista que se trata de uma commodity que vende em todo o globo e por fim os impostos, tanto federais quanto estaduais.
Assim, como o preço do produto é determinado principalmente pelo mercado global, não há muito o que se fazer para amenizar a alta do petróleo, logo, caso a Petrobras seja privatizada, o novo dono não conseguirá gerenciar os preços.
É importante esclarecer não haver uma solução exata ou definitiva para o aumento nos preços, afinal se trata de uma commodity, ou seja, o país por si só não tem o poder de regular sozinho o preço do mesmo, se não estaria interferindo no livre mercado.
A melhor saída para especialistas da área quanto ao impacto do preço dos combustíveis no país seria uma redução de impostos e principalmente a melhoria da economia, para que assim o real ganhe valor.
Quanto ao preço do petróleo, vale lembrar que no início da pandemia, em 2020, o preço do mesmo chegou aos 20 dólares, o que por consequência fez com que o Oriente Médio se fechasse.
Agora, as economias estão começando a se estabilizar, contudo, a oferta ainda não. Podemos, indicar também que a alta nos preços do Petróleo vem da baixa produção do chamado óleo de xisto dos Estados Unidos, onde o país ainda não recuperou os níveis de produção.
Além disso, o Brasil não poderia aumentar rapidamente a produção do petróleo para tentar amenizar de alguma maneira a alta nos preços, e mesmo que conseguisse o volume seria baixo, ainda é preciso considerar que o Brasil tem uma limitação de capacidade de refino.
Para o próximo ano, especialistas esperam que o preço do Petróleo, hoje em 85 dólares comece a cair, considerando que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aumentou a produção a no mínimo 400 mil barris por dia por mês até ao menos abril de 2022, o que apesar de ser um número alto, ainda é baixo com relação a uma possível redução nos preços.
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