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Depressão no trabalho: quais medidas podem ser tomadas pela empresa

por Lucas Machado
4 minutos ler

Dentre as maiores causas de afastamento no trabalho, está a presença de doenças mentais ou emocionais, o que inclui a conhecida depressão. A alta incidência de problemas de saúde dessa natureza, no mundo corporativo, deve-se em grande parte a características do mercado que valorizam exclusivamente o lucro, e promovem discursos de produtividade excessiva do tipo: “Trabalhe enquanto eles domem”. 

No entanto, muitos ainda não percebem o quão danosa à saúde, tais linhas de pensamento podem ser. Em geral, essas filosofias são propagadas por “pseudo profissionais da saúde”, sem qualquer preparo para lidar e entender problemas ligados à saúde mental. 

Ademais, ainda é muito comum encontrar ambientes corporativos com estigmas e preconceitos relacionados a transtornos mentais, de modo a taxar trabalhadores nestas condições, como alguém não resiliente às demandas e desafios do mercado. Como resultado, temos condições de trabalho marcadas por metas fora da realidade, pressões constantes, cobranças excessivas, e até mesmo abusos que se desdobram de diferentes formas. 

Em resumo, tais conjunturas potencialmente podem contribuir para o adoecimento do trabalhador. Vale lembrar, que é um dever da empresa garantir um ambiente que promova a saúde e o bem-estar de seus funcionários. 

Medidas que podem ser tomadas frente a depressão no trabalho

Confira abaixo algumas medidas que podem ser adotadas por parte de empregadores/empresas, em combate a alta incidência de doenças no mundo do trabalho. 

  1. Promova um diálogo aberto com o quadro de funcionários: estimular que os funcionários falem sobre seus problemas de saúde, dificuldades, insatisfações e até mesmo recomendações, em relação ao trabalho exercido, pode resultar em um ambiente mais colaborativo. Isto quer dizer, que atitudes como esta são capazes de garantir o bem-estar do trabalhador, além de ser um estímulo  ao funcionário quanto às questões relacionadas ao desenvolvimento da empresa. 
  2. Livre-se de estigmas e preconceitos: doenças como a depressão tem um caráter muito sério, todavia, devido ao caráter “silencioso” dos sintomas, muitos ainda descredibilizam a gravidade dos sintomas e como eles podem impactar na vida de uma pessoa. Sendo assim, saiba mais sobre doenças desta natureza, e promova estratégias de conscientização relacionadas à saúde mental.  Atitudes deste escopo promovem um ambiente de trabalho mais saudável, e de quebra dará coragem ao funcionário, para falar sobre a condição;  
  3. Critique menos e estimule mais: pessoas com depressão costumam estar em uma posição de intensa autocrítica, logo, ao invés de cobrar e ressaltar falhas, apoie e elogie momentos de conquista do funcionário, quanto às demandas da empresa. Evitar criticas e julgamentos excessivos, podem auxiliar que o funcionário não acesse gatilhos que ativam sensações desagradáveis pertinentes a doença; 
  4. Estabeleça horários mais flexíveis: diversas pesquisas universitárias apontam que reduções na jornada de trabalho contribuem para uma melhor produtividade do funcionário. Aliás atrasos devidos a distúrbios de sono e outros sintomas, são muito comuns, em casos de pessoas que sofrem de depressão;
  5. Informe ao trabalhador sobre seus direitos:  o essencial é que os próprios setores de RH deixem o funcionário ciente sobre os seus direitos caso ele esteja sofrendo de depressão. Trabalhadores nestas condições, em geral, tem garantias como afastamento das atividades para tratar a doença, cobertura de benefícios do INSS (auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadoria) e estabilidade no emprego.

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