Sete de cada dez consumidores brasileiros optam por realizar os pagamentos de suas compras na modalidade parcelada, mostrando que essa cultura do parcelamento se encontra enraizada na sociedade brasileira.
O parcelamento é considerado uma saída para muitas famílias que querem ter acesso a bens e serviços de alto custo, o parcelamento permite uma flexibilidade de pagamento que pode perdurar por meses ou até mesmo anos.
Sua popularidade é tão grande que 71% dos consumidores optam por essa modalidade de compra, conforme relata o estudo “Relação com o Dinheiro”, realizado pelo Serasa em parceria com a Opinion Box.
Resultado do estudo
O estudo revelou, que apesar da popularização de outros meios de pagamentos como o PIX, a modalidade continua a ter grande adesão da população brasileira, com sete a cada dez consumidores optando por pagamentos parcelados.
Isso acontece devido ao acesso relativamente fácil ao crédito que os brasileiros possuem, com muitas instituições financeiras oferecendo cartões de crédito e empréstimos para comprarem bens e serviços mesmo sem ter o valor disponível.
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Para o especialista Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios, alguns fatores são fundamentais para a escolha desta modalidade.
“A instabilidade econômica do país é o agente dificultador de um padrão de vida financeira saudável para o cidadão. Com isso, o endividamento da população pode ser influenciado por diferentes fatores, como a disponibilidade de crédito, taxas de juros, condições econômicas e comportamento de consumo. Atualmente, os brasileiros recorrem ao crédito para atender as necessidades ou desejos imediatos, o que leva ao acúmulo de dívidas”.
O fim do parcelamento
O parcelamento além de possibilitar um poder de compra maior para grande parcela das pessoas, principalmente das classes C, D e E, também oferece desafios em termos de gestão financeira ao fazer com que consumidores não gerenciem adequadamente seu orçamento, podendo resultar em endividamentos.
Nesse sentido, a modalidade acaba se tornando uma faca de dois gumes, tanto que o Banco do Brasil sugeriu disciplinar a forma de pagamento por meio da instauração de uma tarifa.
O seu fim afetaria o poder de compra do brasileiro e a atividade econômica do país, já que quase 90% do varejo faz pagamentos parcelados sem juros no cartão de crédito, como indica pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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O uso da modalidade deve ser realizado com controle para que as parcelas não consumam todo o orçamento, caso contrário atrasos, juros e renegociações começarão incidir no orçamento.
De acordo com Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 47% dos entrevistados realizam algum tipo de controle de parcelamento.
Enquanto, 25% admitem que já foram negativados nos últimos meses devido às parcelas não pagas.
Dicas para evitar o sufoco financeiro
Pensando nisso, o especialista listou algumas dicas para se organizar financeiramente e não entrar no vermelho.
- Mapear renda total, isto é, salário e rendas extras.
- Separar as despesas fixas no seu orçamento, como aluguel, condomínio, internet e contas de serviços públicos (água, luz, gás).
- Esquematizar as despesas variáveis como alimentação, transporte e gastos com saúde.
- Organizar dívidas e pagamentos, como parcelas de empréstimos e cartão de crédito.
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