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Desorganização contábil: o caminho para o prejuízo  

por Bia Montes
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A falta de um controle efetivo dos documentos fiscais, a famosa desorganização contábil, leva as empresas brasileiras a prejuízos anuais bilionários.

Para se ter uma ideia, companhias de grande porte, que contam com um faturamento acima de R$ 300 milhões, deixaram de recuperar R$ 289 bilhões em impostos pagos indevidamente nos últimos 5 anos e a perda de documentos XML’s, linguagem de marcação utilizada para estruturar e armazenar dados em um formato legível por máquina, é a principal causa.

O impacto no caixa é ainda maior se forem consideradas as multas aplicadas pelo fisco.

“Ao perder tais documentos, a empresa fica exposta às autuações e poderá pagar multas que podem ultrapassar mil reais por documento perdido. Com o avanço da Reforma Tributária, o temor pelas multas e o senso de oportunidade por uma possível recuperação de tributos pagos indevidamente se somaram, provocando um forte impulso na corrida em busca das notas perdidas”, afirma o CEO da Revizia, Vitor Santos.

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Prejuízo

De acordo com levantamento da startup, anualmente, empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões, deixaram de recuperar, em média, R$ 17,36 milhões em impostos pagos indevidamente.

Já as menores, com faturamento acima de R$ 10 milhões, perdem ao redor de R$ 251.928,23 a cada ano.

“São recursos que poderiam fortalecer o caixa destas empresas ou serem utilizados para investimentos, mas são destinados equivocadamente ao pagamento de tributos por falta de organização da documentação eletrônica”, observa, Vitor Santos.

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No ranking dos cinco tipos de documentos XML’s mais comuns de extravio, o primeiro lugar fica com o Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e-Sat), depois a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e na sequência a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e).

Em quarto lugar aparece o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CTe) e na quinta posição a Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e).

Mil documentos por minuto

O executivo explica que a recuperação dos arquivos XML ocorre geralmente por meio de um software ou um sistema específico.

De acordo com ele, é possível recuperar notas fiscais através do Portal da NFe. Além disso, as secretarias estaduais da Fazenda (Sefaz) possuem serviços para consulta das notas fiscais eletrônicas com a possibilidade de baixar nota por nota manualmente.

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“Ao optar por fazer o serviço por métodos como estes, as empresas podem conseguir encontrar cerca de 20 notas a cada cinco minutos, o que é uma quantidade bastante reduzida diante do volume de possibilidades existente e das necessidades”, afirma.

No entanto, a urgência dos gestores versus a lentidão dos sistemas tem levado ao aumento da demanda por soluções tecnológicas, ainda mais diante da iminente aprovação da Reforma Tributária.

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