Quantas decisões você toma ao longo do dia? O quanto é difícil tomar algumas delas? Partindo da premissa de que a noite de sono foi restauradora,
o cérebro inicia o dia com todo seu potencial disponível, mas o quanto de disposição e energia ele ainda terá a noite dependerá da carga cognitiva sofrida ao longo do dia.
“Por exemplo, se uma pessoa começa o dia trabalhando em reuniões, lidando com conflitos, depois vai à escola dos filhos resolver problemas,
em seguida precisa atender clientes e a noite vai para a faculdade, com certeza ela chegará em casa esgotada. Diferente de alguém que estudou de manhã,
trabalhou em atividades mais mecânicas e depois encontrou com os amigos. Essas duas pessoas terão diferentes níveis de energia para tomar uma decisão à noite,
mas nos dois casos, não custa nada deixar para o outro dia”, explicou a neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci.
A capacidade de decidir pode diminuir ao longo do dia? Não há um horário padrão para tomar decisões, porque, segundo a especialista do SUPERA
– Ginástica para o cérebro isso é algo que depende tanto do estado de saúde geral do corpo (que reflete no quão rápido a pessoa se cansa),
quanto da intensidade do esforço cognitivo das tarefas já realizadas no dia. Mas a lógica é que o poder de tomar decisões conscientes vai diminuindo ao longo do dia.
“Alguns estudos já avaliaram as decisões tomadas por médicos e juízes em diferentes momentos do dia, e todos constatam essa diminuição da qualidade, mesmo que a pessoa não perceba”, explicou.
Os melhores ‘horários’ para tomar boas decisões são os horários que você está descansado, alimentado, bem hidratado e sem preocupações excessivas roubando a atenção.