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Dia da Mulher: Mulheres empresárias trazem diferenciais e inovações

por Ricardo
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Historicamente, o segmento dos motéis era dominado por homens, com poucas mulheres ocupando cargos de liderança ou propriedade. No entanto, essa realidade mudou. De acordo com dados coletados pela Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis), o ramo moteleiro emprega mais de 300 mil pessoas, sendo que 80% deste número são mulheres, em todos os níveis e cargos na área.

 

Andressa Heck, gestora do Motel Itapuã, de Santa Maria–RS, e Sarah Righi, gestora do motel Ícaro, de Avaré–SP, têm duas coisas em comum: a gestão de motéis proveniente de negócios familiares e o fato de serem representantes da ABMotéis em suas regiões. Elas comentam o início das suas trajetórias na motelaria:

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“Quando eu me formei em Jornalismo, meu pai me convidou para trabalhar com ele, em Avaré, ele tem dois motéis. Eu tinha 21 anos na época e abracei a oportunidade”, disse Sarah. Andressa, por sua vez, é formada em Arquitetura e não queria entrar na área da motelaria, mas durante uma viagem, tudo mudou: “Inicialmente, eu estava relutante em assumir a gestão familiar de motéis. Minha formação em Arquitetura e a paixão pelo empreendedorismo me levaram a buscar minha própria trajetória. Porém, durante um intercâmbio na Austrália, fui tocada pela importância da energia sexual e sua conexão com o bem-estar no dia a dia das pessoas. Ali, acendeu novo olhar para a motelaria: hoje, viso promover o setor como peça fundamental no dia a dia das pessoas”.

 

Andressa acredita que nos próximos anos, o papel das mulheres no setor de motéis continuará a evoluir positivamente: “Já estamos vendo mais mulheres ocupando cargos de liderança e tomando decisões importantes nos estabelecimentos, o que é crucial para a diversificação e o crescimento do setor. Com o aumento da capacitação e da busca por conhecimento por parte das mulheres, espero ver uma maior representatividade feminina em todas as áreas da gestão moteleira”.

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Por outro lado, Sarah afirma que as mulheres são detalhistas e isso auxilia na inovação dos negócios e das experiências dos motéis: “A mulher é extremamente detalhista, ela tem um olhar para algumas coisas. Entro da suíte, e olho desde uma cortina, o jeito que posiciono os amenities, os itens que a gente vende no quarto, os rótulos das bebidas no frigobar, para mim cada detalhe importa, eu quero que toda a experiência do hóspede seja especial, que ele pense que a gente dedicou um tempo ali, sabe? É uma maneira que a gente tem de inovar”.

 

Em relação à presença de mulheres em motéis, como frequentadoras, e como isso ajuda a combater os estereótipos e tabus, ambas as gestoras reiteram a importância de promover uma abordagem mais sensível e respeitosa em relação aos serviços oferecidos. “Nosso papel é fazer com que toda essa experiência seja acolhedora para a mulher, nessa questão da nova motelaria. Na rede social já mostrar que motel é sim um lugar seguro e confortável para você ir com seu companheiro ou companheira, para você viver um momento a dois diferente”, declara Sarah.

 

Andressa também reforça a necessidade de se pensar em ambientes acolhedores de diversas formas às mulheres: “Fornecer informações confiáveis e seguras sobre sexualidade e autoconhecimento às mulheres é essencial para que se sintam confortáveis e empoderadas ao frequentar esses espaços. Além disso, é preciso garantir que os serviços e ambientes dos motéis sejam projetados para respeitar a individualidade e a intimidade delas”.

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