A rede de lanchonetes Subway entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo, buscando resolver uma dívida acumulada de R$ 482,7 milhões. Este movimento ocorreu na última segunda-feira (13/3). A Subway faz parte do Grupo SouthRock, que também está passando por um processo de recuperação judicial e controla várias outras marcas no Brasil, incluindo a Starbucks.
A inclusão da Subway na recuperação judicial da SouthRock vinha sendo questionada por credores, que apontavam uma “confusão patrimonial” e transferências milionárias que contribuíram para a crise financeira da rede de lanchonetes. Um laudo pericial, solicitado pela Justiça, corroborou essas preocupações.
No pedido à Justiça, a Subway mencionou que estava tentando se reestruturar, mas enfrentou ações de bloqueio movidas por um grupo de credores que antes pareciam dispostos a resolver suas dívidas sem recorrer aos tribunais. Essa mudança de postura tornou a reestruturação das dívidas mais difícil e levou à rescisão do acordo de tolerância pela proprietária da marca Subway nos Estados Unidos.
Leia também: Direito: Conheça as vantagens da Recuperação Extrajudicial
Diante desse cenário, a Subway não viu alternativa além de entrar com o pedido de recuperação judicial, não só para proteger seus interesses, mas também para garantir a continuidade de suas operações, a manutenção dos empregos, a produção, a geração de riqueza e o recolhimento de tributos.
A investigação pericial revelou transações financeiras significativas, no valor de pelo menos R$ 340 milhões, em operações de “mútuo intercompany”, indicando uma dependência econômica entre as diferentes empresas do Grupo SouthRock. Isso levou à conclusão de que existe uma confusão patrimonial entre as empresas do grupo, incluindo a Subway e a Eataly, que inicialmente tentou ser excluída do processo.
Leia também: Agronegócio: setor teve 300% de aumento nos pedidos de recuperação judicial
Fundado em 2015, o Grupo SouthRock atua no setor de alimentos e bebidas, com foco em redes de restaurantes em aeroportos. A empresa enfrentou recentemente dificuldades, perdendo o direito de operar a marca Starbucks no Brasil. No pedido de recuperação, a empresa atribui parte de seus problemas à pandemia de Covid-19.
Nos siga no
Participe do nosso grupo no
Nos siga no
Google News
Participe do nosso grupo no
WhatsApp