O bilionário Pavel Durov, fundador e proprietário do Telegram, foi preso ao desembarcar de seu jato particular em um aeroporto próximo a Paris na noite de sábado. A prisão ocorreu em meio a investigações sobre a plataforma, que tem sido acusada na França de facilitar a prática de crimes, como tráfico de drogas e pornografia infantil, devido à falta de moderação e à recusa em cooperar com as autoridades.
O Telegram informou que Durov deixou a Rússia em 2014 e posteriormente se estabeleceu em Dubai, onde a plataforma digital tem sua sede. A empresa também revelou que Durov possui cidadania dos Emirados Árabes Unidos e da França, onde obteve a nacionalidade em 2021. Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, comentou que Durov deixou a Rússia para se tornar “um homem do mundo que vive bem sem sua pátria”, mas que agora recebeu um alerta, afirmando: “Ele calculou mal. Para todos os nossos inimigos comuns, ele é russo e, por isso, é considerado imprevisível e perigoso”.
Nascido em Leningrado, atual São Petersburgo, Durov, de 39 anos, formou-se em Filologia e é hoje detentor de uma fortuna avaliada pela Forbes em US$ 15,5 bilhões (mais de R$ 85 bilhões). Antes de fundar o Telegram, que possui cerca de 1 bilhão de usuários e está sediado em Dubai, Durov criou a rede social VKontakte, popular na Rússia e comparada ao Facebook. Em 2014, ele vendeu a VK e deixou a Rússia após se recusar a fornecer ao governo de Vladimir Putin informações sobre os usuários da rede social.
O Telegram tem enfrentado crescente pressão na Europa devido às preocupações das autoridades sobre seu uso por criminosos. No Brasil, o aplicativo foi ameaçado de bloqueio no ano passado pelo ministro Alexandre de Moraes
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