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INSS: Julgamento da Revisão da Vida Toda no STF é retomado

STF retoma julgamento sobre revisão da vida toda das aposentadorias do INSS, com CNTM questionando decisão anterior e AGU defendendo legalidade e alertando para impacto financeiro.

por Ricardo de Freitas
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INSS: Julgamento da Revisão da Vida Toda no STF é retomado

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta sexta-feira (14), o julgamento sobre a revisão da vida toda das aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A análise do caso teve início às 11h, no plenário virtual da Corte, e seguirá até o dia 21 deste mês. Os ministros vão avaliar um recurso apresentado pela CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), que questiona a decisão tomada pelo próprio STF em março de 2023. Na ocasião, por 7 votos a 4, o Supremo derrubou a tese favorável à revisão, determinando que os aposentados não têm direito de escolher a regra mais vantajosa para o recálculo do benefício.

DataEvento
14/06/2024Retomada do julgamento da revisão da vida toda no STF
21/06/2024Término do julgamento
Março de 2023STF derruba tese favorável à revisão

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Argumentos da CNTM e da AGU

A CNTM argumenta que a Corte mudou de entendimento ao julgar a constitucionalidade das regras previdenciárias de 1999, e pede que seja retirada a proibição da revisão para aposentados que entraram com ações na Justiça até 21 de março de 2024, data em que o Supremo consolidou a decisão. A AGU (Advocacia-Geral da União) se manifestou contra o recurso, alegando que não há ilegalidade na decisão do STF. Segundo o órgão, a medida busca reverter um entendimento já consolidado, o que não pode ser feito por meio de embargos de declaração. A AGU também destacou o impacto financeiro e administrativo que a revisão poderia gerar para os cofres públicos.

ArgumentoParte
Mudança de entendimento do STFCNTM
Legalidade da decisão do STFAGU
Impacto financeiro da revisãoAGU

Histórico da Revisão da Vida Toda

Em 2022, o STF, sob uma composição diferente, reconheceu a possibilidade da revisão da vida toda, permitindo que aposentados solicitassem o recalculo do benefício com base em todas as contribuições feitas ao longo da vida. O entendimento permitia que o segurado optasse pela regra de cálculo que lhe garantisse o maior benefício. Isso significava que aqueles que começaram a contribuir antes de julho de 1994, quando o Plano Real foi implementado, poderiam incluir essas contribuições no cálculo de sua aposentadoria. No entanto, com a reavaliação do caso em 2023, o STF declarou constitucionais as regras da Reforma da Previdência de 1999, que estabeleciam uma regra de transição obrigatória, excluindo as contribuições feitas antes do Plano Real do cálculo dos benefícios.

PeríodoDecisão do STF
2022Reconheceu a possibilidade da revisão da vida toda
2023Declarou constitucionais as regras da Reforma da Previdência de 1999

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