Em tempos de crise, o que vale é a criatividade. Tem gente nova começando a empreender e, ao mesmo tempo, tem empresário já estabelecido procurando reduzir seus custos. Nas duas situações, uma opção é trocar o escritório real por um virtual. E, embora não haja estatísticas amplas, a percepção do setor que fornece o serviço é que está havendo crescimento nessa área.
“A gente tem sentido um aumento de procura, principalmente por pessoas que vão começar a empreender”, afirma Fabiano Ferreira Borges, gerente comercial de uma empresa que presta esse tipo de serviço aos diversos empreendimentos, em Brasília. E acrescenta o executivo: “em consequência dessa crise, a gente também tem enxergado pessoas que tinham uma estrutura própria, exclusiva, que em busca de uma redução de custo está no escritório virtual”.
Por conta desse movimento, estão cada vez mais populares expressões relacionadas ao setor, tais como coworking, escritório virtual, escritório compartilhado, aluguel de endereço fiscal, entre outros. Com essas palavras estão definidos diferentes serviços oferecidos, mas que servem ao mesmo propósito: possibilitar ao empreendedor abrir um novo negócio ou manter o mesmo, com menos custos, já que não arcará sozinho com gastos como aluguel de sala, infraestrutura do ambiente, compra de móveis, contratação de profissionais para as atividades administrativas.
Ivaldo de Oliveira Júnior é um desses empreendedores. Há três anos resolveu abrir a NNET Sistemas, empresa de consultoria e desenvolvimento de softwares. À reportagem, explicou um pouco da experiência que viveu. Lembrou que em 1995, quando pela primeira vez resolveu empreender, precisou gastar muito por conta das obrigações que envolvem a abertura de uma empresa.
Em 2012, após pesquisa pela internet, descobriu que voltar a empreender poderia ser menos complicado do que tinha sido no passado. Foi apresentado ao modelo de escritório virtual.
“Você paga uma assinatura, uma mensalidade, que te garante o escritório”, explicou. Para ele, que fornece serviços online, o custo de um espaço físico era totalmente desnecessário. Além disso, para ele, o serviço ainda representa oportunidade. “Se mais tarde eu quiser abrir uma filial, é só abrir uma empresa em outra localidade, em São Paulo, por exemplo, por esse meio”, disse.
Armadilhas
A presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Distrito Federal, Sandra Batista, explicou que a prática é comum, mas alertou que o empreendedor deve tomar alguns cuidados para evitar dor de cabeça.
“É importante que o empreendedor pesquise as informações dessa empresa que está oferecendo o serviço”, orientou. Para isso, ela recomenda que, ao se escolher a empresa, se faça uma consulta sobre o endereço da empresa virtual para conferir se pode ser constituída uma pessoa jurídica naquele local. A consulta, chamada tecnicamente de pesquisa de viabilidade de locação, pode ser realizada no Sistema de Registro de Legalização de Empresa, no Distrito Federal, disponível no portal Empresa Simples.
Quando estiver em jogo a contratação de serviços administrativos, como de secretária por exemplo, a especialista orienta que, antes de assinar o contrato, o empreendedor recolha informações sobre os pagamentos de direitos trabalhistas. “A responsabilidade nesse caso é solidária”, explicou Sandra Batista, ou seja, em caso de encargos e direitos trabalhistas em atraso, o cliente que utiliza o serviço pode ser responsável perante a justiça, junto com a empresa contratada.
Facilidades
Os empresários Gustavo Miranda e José Guilherme oferecem um serviço para aqueles que pretendem pesquisar empresas que fornecem o coworking. E Miranda diz que o BuscaSala (plataforma que permite as conferências) tem sido mais procurado por donos de grandes espaços para locação comercial nesse momento de crise.
Ele explicou que esses proprietários estão investindo na infraestrutura, por exemplo, dividindo o espaço para ofertar salas, com mobília, acesso à internet por meio de redes WiFi e telefone, com o objetivo de alugar o espaço mais facilmente.
“É mais rentável para ele”, disse Gustavo Miranda. “Um imóvel de mil metros quadrados você consegue cobrar por ele uns R$ 80 no metro quadrado. No formato de coworking, que reduz o tamanho da sala, por exemplo, em salas de 10 metros, o metro quadrado poderá custar R$ 300”. (Fato-Online)
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Posted by Jornal Contábil on Quinta, 12 de novembro de 2015
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