A frase “É como terra arrasada”, dita pela CFO Camille Loyo Faria em entrevista ao InfoMoney, revela a crueza da situação enfrentada pelas Americanas em seu processo de reestruturação.
A empresa, que já foi um gigante do varejo brasileiro, enfrenta um momento desafiador após a descoberta de inconsistências contábeis bilionárias. Para retomar o caminho, a companhia precisa lidar com uma dívida bruta de R$ 37,331 bilhões (final de 2022) e com a desconfiança de investidores e consumidores.
Apesar do cenário árido, Faria demonstra otimismo e determinação. Ela traça um plano de reestruturação audacioso, que inclui:
- Injeção de capital de R$ 24 bilhões: esse valor será obtido através da captação de recursos com novos acionistas e da alienação de ativos não estratégicos.
- Pagamento de dívidas: R$ 8,7 bilhões serão destinados a quitar obrigações com credores financeiros, incluindo bancos e fundos de investimento.
- Nova governança: a empresa terá um novo Conselho de Administração e uma estrutura de gestão mais robusta, com foco em controles internos e transparência.
O plano de Faria ainda precisa ser aprovado pelos credores da Americanas em assembleia geral, mas representa um passo importante para a empresa sair da “terra arrasada” e reconstruir sua reputação.
Desafios pela frente:
O caminho para a recuperação das Americanas será árduo e longo. Entre os principais desafios estão:
- Regainar a confiança do mercado: a empresa precisa reconquistar a credibilidade de investidores, consumidores e fornecedores.
- Gerenciar a dívida: a dívida bilionária ainda é um obstáculo significativo para a viabilidade da empresa.
- Implementar um novo modelo de negócios: a Americanas precisa se adaptar às mudanças do mercado e desenvolver um modelo de negócios mais sustentável e competitivo.
Faria se mostra confiante na capacidade da Americanas de superar os desafios e voltar a prosperar.
“A gente tem um time muito forte, muito engajado, muito talentoso. A gente acredita que a empresa tem potencial para voltar a ser uma empresa muito forte, muito relevante no mercado brasileiro”, afirma a CFO.
Somente o tempo dirá se o plano de Faria terá sucesso.
No entanto, a determinação e o otimismo da executiva são um sinal de que a Americanas ainda não jogou a toalha e está disposta a lutar por seu futuro.
Para saber mais:
- Leia a entrevista completa com Camille Loyo Faria no InfoMoney: https://www.infomoney.com.br/business/e-como-terra-arrasada-diz-cfo-