Investimentos

Abertura de mercado: O que esperar do Ibovespa e dólar hoje?

Os mercados encontram-se em um momento de expectativa, aguardando ansiosamente o aguardado relatório de empregos não-agrícolas dos Estados Unidos, conhecido como “payroll”. A atenção dos investidores está focada nos possíveis indicativos que esse relatório trará sobre as futuras decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA.

Em relação ao fechamento do mercado ontem (7), a Bolsa brasileira encerrou o dia em alta de 0,30%, atingindo os 126.009 pontos. O cenário positivo foi impulsionado pelo desempenho das ‘small caps’, empresas menores com maior vínculo à economia doméstica, e pela Vale, principal empresa do Ibovespa, beneficiada pelo aumento do minério de ferro no mercado internacional. No entanto, a Petrobras enfrentou mais um dia de queda em suas ações preferenciais, alinhada à baixa do petróleo no cenário global, que atinge seus níveis mais baixos em cinco meses. As análises técnicas indicam uma tendência de alta no curto prazo, mas há também a possibilidade de realização de lucros, um movimento em que investidores vendem ações recentemente valorizadas para garantir os ganhos. O dólar, por sua vez, apresentou oscilações ao longo do dia, encerrando a sessão com uma leve alta de 0,14%, cotado a R$ 4,908. Os investidores aguardam o relatório de emprego dos Estados Unidos, previsto para sexta-feira (8), considerado crucial para definir as expectativas em relação aos futuros rumos dos juros americanos.

Leia também: Dólar tem leve queda antes de relatório de emprego dos EUA

O cenário é marcado por alertas de presidentes de grandes bancos americanos e outras instituições financeiras ao Senado, destacando que o aumento nas exigências de capital e novas regras podem impactar negativamente o crédito e a economia. O Fed, por sua vez, busca maiores margens de segurança após a turbulência bancária no início do ano.

A expectativa consensual é que os EUA tenham criado cerca de 180 mil empregos em novembro, em comparação com os 150 mil do mês anterior. Os economistas projetam estabilidade na taxa de desemprego em 3,9%. Além desses dados, as expectativas em torno da Inflação Michigan também exercerão influência sobre os mercados.

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Diante de uma semana com dados mais fracos, o payroll de novembro torna-se crucial para confirmar o fim do ciclo de alta e fortalecer as apostas em uma possível redução das taxas de juros nos EUA já em 2024.

No cenário internacional, o Banco da Reserva da Índia manteve as taxas de juros em 6,5%, conforme esperado. Na Alemanha, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) recuou 0,4% em novembro, com o indicador anual atingindo o nível mais baixo desde junho de 2021. A noite trará dados de preços ao consumidor na China, com projeções de quedas tanto na base mensal quanto anual.

No Brasil, há avaliação governamental sobre a possibilidade de uma reforma ministerial em 2024, com alterações em cargos de ministros e gestores importantes. Além disso, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte, aceitou uma proposta alternativa do governo para limitar o contingenciamento de despesas no próximo ano em R$23 bilhões.

O cenário futuro, refletido nos índices de futuros, mostra recuos para Nasdaq 100 e S&P 500, enquanto o Dow Jones apresenta leve baixa. O Ibovespa Futuros apresenta pequena valorização, e o dólar mostra uma diminuição em relação ao real.

No setor corporativo, destacam-se a Petrobras, que recebeu um selo da ONU por transparência em emissões de metano, e a Multiplan, que anunciou uma expansão no MorumbiShopping. O Banco do Brasil aprovou a proposta de desdobramento de suas ações, enquanto a Braskem enfrenta investigações relacionadas ao afundamento de solo em Maceió. A Americanas demitiu funcionários durante a semana, e a B3 projeta investimentos significativos para o próximo ano. A Weg anunciou a substituição do presidente, e a Casas Bahia estima antecipar o início das negociações de suas ações agrupadas. A Azul apresentou prejuízo líquido ajustado no terceiro trimestre, e a BRF aprovou um programa de recompra de ações.

Estes são alguns dos destaques do dia nos mercados financeiros e corporativos.

Leonardo Grandchamp

Supervisor de Redação do Jornal Contábil e responsável pelo Portal Dia Rural.

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