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Pandemia impacta em abertura de empresas em Minas Gerais

São Paulo, junho de 2020 – O Brasil começou 2020 ainda em alta no que se refere a abertura de empresas no país. De acordo com os dados da Receita Federal, no primeiro trimestre do ano, houve um crescimento de 9,4%, com 876 mil novas empresas – 75 mil a mais do que no mesmo período em 2019. A participação dos MEI atingiu 80%, puxado pelo segmento de serviços (11,9%) e a Indústria (7,7%). Mas, com a chegada da pandemia e com a quarentena decretada no meio de março, o cenário se transformou.

“A pandemia trouxe novos desafios para o mercado, adaptações que tiveram que ser feitas da noite para o dia, e com isso vem muita insegurança sobre o momento futuro.

O resultado disso é que o Brasil sofreu uma queda brusca de 28% de abertura de empresas com a pandemia. E o impacto foi ainda mais forte, de 60%, naquelas aberturas que envolvem processos locais e custos. Parte pela dificuldade da operacionalização de processos 100% digitais em um período em que órgãos estão fisicamente fechados, parte pelo momento do empreendedor de evitar custos”, afirma Guilherme Soares, VP de Growth da Contabilizei, maior escritório de contabilidade do país e pioneiro em oferecer os serviços online. Estima-se que 80 mil empresas deixaram de abrir por conta desse cenário no primeiro trimestre do ano.

As empresas MEI tiveram uma redução de abertura de 21% e ME, EPP e outros tiveram redução de 60%. Entre os estados, as maiores baixas foram no Paraná (-43%), São Paulo (-39%) e Santa Catarina (-38%), e dentre os setores mais atingidos o de serviços teve baixa de 31%, nos segmentos de advocacia (-81%), saúde (-66%) e arquitetura e engenharia (-60%).

Os setores de comércio e indústria também registraram quedas, de -27% e -17%, respectivamente. As cidades de São Paulo, Curitiba e Ribeirão Preto, que vinham sendo destaques no crescimento, tiveram queda de 39%, 46% e 48% respectivamente após o período em que o isolamento social foi iniciado.

O efeito Covid-19 também atinge as PMEs já operando. “Na Contabilizei, as notas emitidas no mês de abril, após a intensificação da quarentena, caíram 10,3% se comparado a março.

O faturamento dessa base também teve queda, de 8,3%, ou seja, as empresas estão faturando menos.

Analisando o segmento de serviço, vimos que o ramo de Educação e Marketing são os mais impactados, enquanto os prestadores de serviço de TI são os que menos tiveram impacto no faturamento.”, conta Soares. Ele diz ainda, conforme dados da empresa, que o estado do Rio de Janeiro lidera essa queda, com 18,5% a menos de NF emitidas, seguido do Paraná e Minas Gerais com 14,2% cada um.

Há também um movimento de mudança de contador por empresas que já estão em funcionamento e que passaram a ter a contabilidade online. “Muitos empreendedores que já tem suas empresas abertas estão aproveitando o momento e migrando para a contabilidade online. Assim reduzem seus custos garantindo um serviço de qualidade.

Para atender a esse aumento de demanda, reorganizamos as equipes internamente provendo atendimento ainda mais personalizado “, analisa Soares.

Os dados da Receita Federal apontam ainda alguns destaques de estados e municípios que estão fechando os meses de forma mais positiva como Belém (PA) com aumento de 66%, Nova Iguaçu (RJ) com 16% e Aracaju (SE), com 9%. Entre os estados, o Pará foi o único que terminou de forma positiva, com +27%. Ainda não é possível prever sobre os impactos do coronavírus daqui alguns meses, mas os estados, municípios, empresas e profissionais liberais, precisarão trazer novas soluções que vão transformar o mundo econômico dos próximos anos.

Sobre a empresa
Fundada em 2013, a Contabilizei é hoje o maior escritório de contabilidade do país e pioneira em oferecer o serviço online. Com o objetivo de oferecer mais praticidade, transparência e economia para micro e pequenas empresas e profissionais liberais, a plataforma faz uso da tecnologia para automatizar processos e rotinas garantindo a regularidade das empresas, além de gerar até 90% de economia mensal para as PMEs. Atualmente possui mais de 10 mil clientes espalhados por mais de 50 cidades no país.

Ricardo de Freitas

Ricardo de Freitas possui uma trajetória multifacetada, ele acumula experiências como jornalista, CEO e CMO, tendo atuado em grandes empresas de software no Brasil. Atualmente, lidera o grupo que engloba as empresas Banconta, Creditook e MEI360, focadas em soluções financeiras e contábeis para micro e pequenas empresas. Sua expertise em marketing se reflete em sua obra literária: "A Revolução do Marketing para Empresas Contábeis": Neste livro, Ricardo de Freitas compartilha suas visões e estratégias sobre como as empresas contábeis podem se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, utilizando o marketing digital como ferramenta de crescimento.

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