Acre promove Dia D de multivacinação neste sábado (03)

Segundo estado a receber as ações de multivacinação do Ministério da Saúde neste ano, o Acre terá, neste sábado (3), o dia “D” da ação para atualizar o calendário de imunização de crianças e adolescentes até 15 anos de idade. O objetivo da mobilização, que faz parte do Movimento Nacional pela Vacinação, é conter o risco de reintrodução de doenças já eliminadas no Brasil, diante da queda das coberturas vacinais registrada nos últimos anos. A multivacinação no estado começou no último dia 27 de maio.

Assim como no Amazonas, o alerta existe pelo risco de reintrodução de doenças já eliminadas como a poliomielite, que foi notificada em março deste ano no Peru, em uma região de fronteira com os dois estados brasileiros. Em 2022, o Brasil foi classificado pela Comissão Regional de Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas, como um dos países de muito alto risco para a reintrodução da doença. A forma mais segura e eficaz de manter o Brasil livre da pólio é a vacinação, prioridade do Governo Federal.

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A etapa de vacinação no Acre faz parte das ações do Ministério da Saúde que envolvem planejamentos e estratégias locais para retomada das altas coberturas vacinais. As equipes do Departamento de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis da pasta estão no estado desde o dia 17 de maio. A proposta é alinhar essas estratégias com gestores e lideranças locais para alcançar melhores resultados.

“Infelizmente, nos últimos anos, nosso país registrou baixas coberturas vacinais para, praticamente, todas as vacinas e isso deixa a nossa população desprotegida, com o risco de reintrodução de várias doenças, como a poliomielite, que pode deixar sequelas e até matar”, destaca a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.

“É imprescindível que os pais levem seus filhos e suas filhas para avaliação e atualização da situação vacinal, não sendo necessário aguardar o início das campanhas nacionais de vacinação”, conclui a secretária.

Caso o responsável não tenha o registro de vacinação da criança ou do adolescente, a consulta pode ser feita, de forma eletrônica, em uma Unidade Básica de Saúde. “O importante é não perder a oportunidade de se vacinar. Não ter o registro em papel não significa que uma pessoa não pode se vacinar, pelo contrário, ela deve se vacinar”, reforça o diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti.

Ações regionais para retomar a alta cobertura

Desde maio, o Ministério da Saúde vem desenvolvendo uma série de qualificações, com o objetivo de promover a formação de profissionais para a implantação das Atividades de Vacinação de Alta Qualidade e Microplanejamento do programa de rotina e intensificação de campanhas voltadas para os municípios do Amazonas e Acre.

As ações de microplanejamento consistem em diversas atividades com foco na realidade local. Essas iniciativas contribuem para que as metas de vacinação sejam atingidas. Além do ‘Dia D’ de vacinação, estão previstas ações em cidades de fronteiras, ações extramuros, tanto em áreas urbanas como em locais de difícil acesso, entre outros.

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A terceira etapa será dividida entre o monitoramento das ações, na avaliação do cumprimento de indicadores de efetividade, homogeneidade, oportunidade e eficiência, fazendo busca oportuna dos não vacinados. A quarta e última etapa consiste na avaliação de todo o processo da vacinação para o alcance das metas.

Brasil sem poliomielite

Desde 1989 não há notificação de caso de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais contra a doença sofreram quedas sucessivas nos últimos anos. Em todo o Brasil, a cobertura ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta de 95% para esta vacina. Por isso, a mobilização para retomar as altas coberturas vacinais do país, que já foi referência internacional, é fundamental.

Fonte: Ministério da Saúde