Foto: Zabi Karimi/AP
Após 20 anos de ocupação americana, o grupo vem voltando ao comando do país após a retirada das tropas estadunidenses do território afegão.
O grupo extremista é responsável pela interpretação fundamentalista radical das doutrinas do Islã. O país localizado na Ásia-Central enfrenta dias de alarme com o avanço do controle empreendido pelo grupo armado.
Nos últimos dias, ocorreu o avanço do grupo armado Talibã. Com a retirada das tropas americanas, o território ficou vulnerável a ataques empreendidos pelos extremistas fundamentalistas.
Nos últimos três meses, os integrantes do grupo armado conseguiram derrotar as tropas afegãs que haviam sido treinadas pelos contingentes internacionais.
Os extremistas conseguiram avançar rapidamente, conquistando cidades importantes, inclusive à capital do país, Cabul. Agora, os fundamentalistas religiosos seguem agora para cidades maiores como Herat, Kandahar e Kunduz.
O grupo formado por milícias estudantis, conhecidos como pashtuns (maior grupo étnico da região), participou do empreendido que visava a expulsão das tropas soviéticas alocadas na região afegã. A formação do grupo contou com o apoio dos Estados Unidos e do Paquistão durante o período da Guerra Fria.
O grupo de ex-guerrilheiros pashtuns foi formado por Mohammad Omar, alegava defender pautas como a segurança do país e a restauração da paz baseados na implementação da Lei islâmica.
Ao tomarem o poder na década de 1990, instauraram um emirado islâmico, as leis e regras do país foram baseadas na leitura fundamentalista do Alcorão, considerado o livro sagrado dos Islâmicos.
Após a retirada das tropas soviéticas que ocupavam a região desde 1970, o grupo de extremistas disputou o controle do Afeganistão com outras facções. Saiu vitorioso e tomou o controle do Afeganistão durante os anos de 1996 a 2001.
Foi em 1996, que o governo Talibã instaurou o Emirado Islâmico do Afeganistão. Na época em que o grupo era comandado pelo veterano de guerra e religioso Mohammad Omar, foi aplaudido após assumir parte do comando do país.
O nordeste do Afeganistão apresentou bastante resistência ao controle empreendido pelo Talibã, o grupo de extremistas também não foi reconhecido internacionalmente.
O grupo utilizou uma severa interpretação da lei islâmica “sharia”, usaram o pressuposto da necessidade de moralizar uma sociedade corrompida e corrupta.
Na sua busca pela “moralização” da sociedade afega, puniam quem mantivesse costumes ocidentais como assistir televisão, além disso, impuseram uma série de regras que proibiam a livre circulação de mulheres pela sociedade e restringiam seus direitos civis.
O fanatismo do grupo fundamentalista ainda os levou a destruir monumentos históricos que datavam do século VI, dois grandes monumentos que retratavam a imagem de buda foram explodidos, as imagens chegavam a ter 38 metros e 55 metros de altura.
Segundo informações disponibilizadas por observadores internacionais, o grupo extremista fundamentalista Talibã ofereceu proteção a Osama Bin Laden, no Afeganistão, considerado o comandante do grupo terrorista Al Qaeda, tipo como responsáveis pelos ataques ocorridos nos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001.
O governo afegão que era representado pelo Talibã, recusou-se a entregar o grupo terrorista para os Estados Unidos.
O governo americano começou a investir militarmente na invasão do país em outubro de 2001, o líder do grupo, Mohammad Omar fugiu de seu posto e em dezembro do mesmo ano o governo cedeu e caiu.
Foi instaurado um governo provisório, e em 2004 o país promoveu eleições democráticas.
A ocupação americana durou cerca de 20 anos, superando a Guerra do Vietnã. Conforme os dados disponibilizados pelo observatório Custos da Guerra da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, os gastos da missão chegaram a custar US$ 2,3 trilhões durante o período de ocupação.
Os confrontos ocorridos no Paquistão e no Afeganistão custaram a vida de pelo menos 240 mil pessoas, vidas de combatentes locais e de forças inimigas, pelo menos 71 mil civis foram mortos e 6 mil soldados americanos.
Segundo as alegações do governo afegão, o governo dos Estados Unidos é o responsável pelo aumento progressivo da violência no país.
Com base nas análises realizadas pela agência de refugiados da ONU, Acnur, foram obrigados a deixar o país desde o início do ano, cerca de 400 mil habitantes do Afeganistão.
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