Até o dia 15 de abril de 2023, Belo Horizonte já havia registrado 33 surtos da Síndrome Mão-Pé-Boca (SMBP), representando um aumento de 230% em comparação com todos os casos registrados no ano anterior.
Em todo o estado de Minas Gerais, foram notificados 61 surtos da doença.
As secretarias de saúde esclarecem que, como se trata de uma doença infectocontagiosa que não é compulsoriamente notificada, não há registro de dados individuais, somente de surtos.
Um surto de doença é caracterizado por um aumento súbito e inesperado no número de casos em uma região específica, como bairros, escolas, comunidades ou até mesmo em um país inteiro.
Para ser considerado um surto, o número de casos deve exceder o que é considerado normal ou esperado pelas autoridades de saúde.
O objetivo é identificar rapidamente e controlar a disseminação da doença para evitar a sua propagação para outras áreas e minimizar o impacto na saúde pública.
O que é Síndrome Mão-pé-boca?
Os casos de “mão-pé-boca” já afetaram 167 crianças em 12 escolas de Florianópolis (SC) em 2023.
A Síndrome Mão-Pé-Boca é uma doença viral comum em crianças, causada principalmente pelo vírus Coxsackie.
A doença é altamente contagiosa e pode se espalhar rapidamente em ambientes com muitas crianças, como creches e escolas.
Sintomas
Os sintomas da Síndrome Mão-Pé-Boca geralmente aparecem cerca de três a sete dias após a exposição ao vírus Coxsackie e podem incluir:
- Febre
- Dor de garganta
- Erupções cutâneas nas mãos, nos pés e às vezes nas nádegas
- Úlceras dolorosas na boca e na língua
- Mal-estar geral
- Perda de apetite
- Irritabilidade em crianças pequenas
A erupção cutânea que acompanha a Síndrome Mão-Pé-Boca geralmente começa com pequenas manchas vermelhas na boca e na garganta, que se desenvolvem em úlceras dolorosas.
Em seguida, pequenas bolhas cheias de líquido aparecem nas mãos, nos pés e, às vezes, nas nádegas, que podem se romper e formar crostas.
As erupções cutâneas geralmente não causam coceira, mas podem ser desconfortáveis.
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Prevenção
Para prevenir a Doença Mão-Pé-Boca, é essencial adotar medidas rigorosas de higiene pessoal e ambiental, pois o vírus pode persistir no ambiente por semanas em temperatura ambiente, o que pode perpetuar o surto.
Algumas medidas preventivas importantes incluem:
- Manter uma boa higiene pessoal e do ambiente em que as crianças têm acesso, incluindo a lavagem frequente das mãos com água e sabão;
- Ter cuidado especial durante a troca de fraldas, evitando compartilhar objetos como pomadas e lenços umedecidos;
- Evitar qualquer ação que possa levar ao contato das mãos com a boca;
- Higienizar itens de uso pessoal e do ambiente com solução de álcool etílico 70% ou desinfecção com solução clorada. Objetos pessoais devem ser higienizados antes de retornarem ao uso;
- Evitar a circulação de crianças menores de cinco anos em aglomerações públicas durante os períodos de surto.
Seguindo essas medidas preventivas, pode-se reduzir significativamente a probabilidade de contrair ou espalhar a Doença Mão-Pé-Boca.