Nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, os mercados iniciam suas operações com uma postura cautelosa, à espera da divulgação da ata do Federal Reserve (Fed). A expectativa é de que o comportamento dos futuros em Nova York e o declínio nos preços do petróleo exerçam pressão sobre o Ibovespa. No pré-mercado, por volta das 7h59, o EWZ, principal fundo de índice de ações do Brasil negociado em Nova York, registra alta de 1,72%. Investidores também estarão de olho nos resultados financeiros de empresas como Gerdau (GGBR4) e Telefonica Brasil (VIVT3).
Dólar à Vista Fecha em Queda devido ao Estímulo da China
Movimentos nos juros futuros e no dólar podem espelhar as oscilações mais moderadas nos rendimentos dos Treasuries e na cotação do dólar frente à maioria das moedas. Enquanto isso, as discussões sobre a reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia continuam em destaque, com uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad agendada para hoje. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou ontem que o governo está aberto a negociações. A reoneração faz parte do plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação do governo e reequilibrar as contas públicas.
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Em relação à agenda econômica, destaca-se a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Fed, marcada para as 16h00. Antes disso, a diretora do Fed, Michelle Bowman, participa de um evento em Washington às 15h00. Na Europa, aguarda-se a confiança do consumidor na zona do euro às 12h00. No Brasil, o Banco Central divulgará os dados do fluxo cambial semanal às 14h30.
Além disso, hoje está prevista uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva às 10h00, para discutir as negociações em torno da proposta de reoneração da folha de pagamentos.
No Rio de Janeiro, acontece nesta quarta-feira (21) e na quinta-feira (22) a primeira reunião ministerial do G20, grupo composto pelas 20 maiores economias do mundo, sob a presidência do Brasil. Essas reuniões entre os países membros começaram em dezembro e servem como preparação para a Cúpula do G20, que acontecerá em novembro, também na cidade do Rio de Janeiro.
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Quanto ao cenário internacional, o dólar à vista fechou ontem cotado a R$ 4,9319 para venda, influenciado pelo corte de juros para o setor imobiliário realizado pela China. O gigante asiático reduziu a taxa primária de empréstimos em 25 pontos-base, o que estimula a economia e favorece as divisas de países exportadores de commodities, como o Brasil.
Expectativas do Mercado em Relação à Ata do Fed e Agenda Econômica do Dia
Hoje também é dia de divulgação da Ata da última reunião do Fed. O mercado ficará atento às pistas sobre o início de um ciclo de cortes na taxa de juros norte-americana, atualmente entre 5,25% e 5,50%. Na última reunião, a decisão foi de manter a taxa como está, aguardando mais dados para considerar o início dos cortes. Os indicadores de inflação nos EUA subiram após a última reunião, o que pode adiar os cortes. Na agenda econômica do dia, destaca-se a greve de 48 horas do Banco Central no Brasil, a reunião de política monetária do BCE na Zona do Euro, a confiança do consumidor de fevereiro na Zona do Euro, os pedidos de hipoteca e os discursos de membros do Fomc nos EUA, além das atas da última reunião de política monetária dos EUA. O conflito no Oriente Médio e na Ucrânia também permanece como uma preocupação para os investidores.