O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal, Anderson Torres, pediu ao Supremo Tribunal Federal para deixar a prisão.
Esse pedido está nas mãos do relator do inquérito, o Ministro Alexandre de Moraes, a prisão de Anderson Torres foi decretada após os atos criminosos de 8 de janeiro.
Anderson é acusado de omissão em relação aos atos, ele foi preso no dia 14 de janeiro quando retornou das férias que passava nos Estados Unidos.
O Ministro Alexandre de Moraes deve responder nesta terça-feira ao pedido de revogação da prisão de Anderson Torres.
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Alegações da defesa
Os advogados de Torres alegam que não há motivos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva.
Eles afirmam que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal está disposto a entregar o passaporte e também colocar a disposição o sigilos bancário, fiscal e telefônico.
Eles dizem ainda que a manutenção dessa prisão, configura flagrante constrangimento ilegal, já que alegam que as investigações não comprovaram a omissão por parte de Anderson Torres no planejamento com relação aos atos criminosos do último dia oito.
Dizem também que ele não deixou de agir no raio das competências, e que antes de viajar de férias Torres havia deixado todo o planejamento registrado e que outras questões efetivas não fazia parte das atribuições dele.
A defesa alega que esse planejamento envolvia várias instituições e atores e que todas as medidas necessárias foram tomadas para preservação da segurança pública nos eventos.
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Minuta Golpista
A polícia federal encontrou na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres a minuta de um decreto para que o ex-presidente Jair Bolsonaro mudasse o resultado da eleição.
O texto serviria para que Bolsonaro instaurasse estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral, a medida não é prevista na Constituição e serviria para reverter a derrota nas urnas para o presidente Lula.
O documento de três páginas foi encontrado pela Polícia Federal durante as buscas realizadas na casa de Anderson Torres que estava nos Estados Unidos.
Nas redes sociais o ministro disse que provavelmente o material estava em uma pilha de documentos para descarte, que seria levado para ser triturado oportunamente.
Anderson Torres disse também que respeita a democracia e que está com a consciência tranquila.