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As métricas de vaidade vão arruinar seu negócio

por Leonardo Grandchamp
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“Engajamento” e “interação” têm sido assuntos muito debatidos na contemporaneidade. Desde a popularização das redes sociais, as pessoas medem e validam suas contas nas plataformas digitais. Antes, era o número de depoimentos do antigo Orkut, hoje, os likes do Instagram, por exemplo. O excesso de preocupação com a parte numérica das mídias já foi reconhecido como causa de problemas de saúde mental, mas, isso também pode gerar sérios danos para uma empresa.

As métricas de vaidade são informações que não provocam mudanças de estratégia como likes, corações no Twitter, cliques, compartilhamento e afins. “São informações que a gente acaba consumindo de forma errada e isso atrapalha na hora de tomar decisões sobre o nosso marketing digital”, explica Jennifer de Paula, especialista em marketing digital com BBA na área. De acordo com ela, a obrigação das empresas de estar dentro do mundo digital e produzir conteúdos constantes pode mais atrapalhar do que ajudar. “Até que ponto a mídia social passa verdadeiramente o que você quer transmitir para o seu cliente? Não há nenhuma margem quando não tem um profissional do assunto para auxiliar, muitas vezes, as pessoas tentam fazer o trabalho nas mídias sozinhas ou contratam pessoas que não entendem do assunto profundamente. Isso pode gerar resultados negativos e não ajuda a diferenciar o seu perfil dos outros”, detalha.

É uma balança que precisa de equilíbrio constante, Jennifer acredita que existe uma linha tênue entre a produção de conteúdo que pode gerar bons números, como utilizar gifs e memes, por exemplo, e o lado humano das plataformas digitais, que mostra quem realmente está por trás de todo aquele sucesso. “A quantidade de curtidas, a rejeição, perder seguidores e o número de comentários, por exemplo, são colocados dentro da métrica de vaidade e isso é o que acaba com um negócio, com uma profissão ou uma marca, porque eles acabam se preocupando mais com a produção de conteúdo do que com a estratégia de venda em si”, afirma a especialista.

As métricas de vaidade não devem ser ignoradas, porém o desvio de objetivo causado pela preocupação numérica dentro do mundo virtual pode acabar fazendo com que bons profissionais sejam esquecidos, ou ainda, vistos da forma errada. “Ninguém é obrigado a ser bom em tudo. Você pode ser um excelente médico, mas não ser tão bom na autopromoção nas redes sociais”, opina Jennifer. 

Por isso, a especialista defende que mais importante do que ter números nas mídias sociais, é ser reconhecido pela qualidade de serviço. “Há partes da mídia social que prejudicam os profissionais na questão mental. As pessoas acabam deixando de produzir o seu próprio trabalho porque precisam produzir para as mídias sociais e quando não se é bem aceito, acaba gerando uma frustração”, exemplifica. Para Jennifer de Paula, é sempre importante lembrar que boas marcas, nem sempre tem interação satisfatória nas redes sociais. “Focar nas métricas de vaidade pode acabar com o seu negócio”, alerta.

Por Jennifer de Paula é diretora de marketing e gestão da MF Press Global, uma agência de comunicação internacional.

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