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Às vésperas da eleição, investir no Tesouro Direto volta a ser atrativo

Às vésperas da eleição, o vai e vem da Bolsa e do dólar assusta. O retorno não compensa o risco de investir em aplicações como os fundos multimercados, que até pouco tempo atrás eram o xodó dos investidores. Agora, é melhor colocar o pé no freio e voltar para o velho e bom Tesouro Direto ou para CDBs e LCIs, segundo especialistas.

Os títulos indexados à inflação são uma boa forma dos investidores se protegerem em meio a tanta incerteza do que vem pela frente. Independentemente de quem ganhe a eleição, o mercado financeiro em 2019 ainda terá muitas oscilações, como é típico de um primeiro ano de governo, segundo a economista Paula Sauer, professora do Ibmec e planejadora financeira.

Esses papéis indexados à inflação garantem o poder de compra do investidor no médio e no longo prazo, porque pagam a variação do IPCA mais uma taxa de juros prefixada. Nesses títulos, o investidor pode ganhar tanto com a alta da inflação, se houver, quanto com a taxa de juros prefixada. Ou seja, não é preciso depender do próximo presidente para ganhar dinheiro.

Mesmo com a taxa básica de juros no menor patamar da história, em 6,5% ao ano, os títulos indexados à inflação pagam bem para investimentos conservadores.

O Tesouro IPCA com vencimento em 2024, por exemplo, paga 5,74% mais a variação do IPCA. Já os CDBs indexados à inflação em bancos médios, com vencimento em 2023, pagam até 7,25% mais a variação do IPCA, segundo o buscador de investimentos Yubb.

A taxa prefixada desses títulos está alta porque o mercado espera que a taxa de juros vai subir no futuro, como explica a economista Juliana Inhasz, professora do Insper.

Os analistas esperam que a taxa básica de juros vai ficar em 6,5% ao ano em 2018 e vai subir para 8% em 2019, segundo o último Boletim Focus do Banco Central. Na semana passada, o Banco Central apontou que pode subir a Selic se a economia piorar, conforme o que acontecer nas eleições.

Por isso, os títulos indexados à inflação à venda agora prometem pagar uma taxa de juros prefixada mais alta lá na frente, mais a variação do IPCA. “Está todo mundo correndo para esse título. Em um momento de tanta incerteza, abriu-se uma oportunidade”, diz Juliana.

Ricardo

Redação Jornal Contábil

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