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Aumento das despesas básicas prejudica as famílias brasileiras

por Iana Filizola
3 minutos ler
Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O levantamento evidencia um aumento substancial no valor de produtos básicos, as despesas básicas também tiveram elevações de preços e isto vem impactando as finanças das famílias brasileiras. 

O levantamento do FecomércioSP considerou o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), o resultado foi um aumento significativo em vários setores, os preços dos combustíveis, dos serviços e dos alimentos entraram para o percentual do aumento. 

Dados do levantamento 

As informações foram reunidas considerando o IPCA, a conclusão foi de que nos últimos 12 meses houve uma elevação de 33% nas despesas consideradas básicas. 

Segundo o levantamento, em julho foi registrado um aumento de 18% nos gastos direcionados a consumo básico, como alimentos e combustível. Muitas famílias não têm conseguido poupar dinheiro graças ao aumento excessivo dos preços. 

O estrago tem sido maior nas casas de famílias com rendas mais baixas, grupos familiares que reúnem receitas até dois salários mínimos tem 31,1% do orçamento comprometido com os gastos básicos.

Nas casas de famílias com rendas superiores, 20% é destinado ao orçamento das despesas básicas. 

Ainda com base nas informações reunidas, no estado do Piauí a renda comprometida chegou ao percentual de 32%. 

Já nos estados onde a remuneração chega a ser um pouco melhor, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Espírito Santo o percentual ficou em 14,3% e 19,5% .

Entende-se como parte dos gastos básicos a cesta básica com os alimentos essenciais que fazem parte do cotidiano de uma alimentação balanceada, dentre eles estão o feijão, arroz, leite, óleo de soja, frango e carnes.

Já as despesas básicas se referem a luz, água, gás e combustíveis. A inflação acometeu o preço de todos esses itens o que tem dificultado ainda mais a vida da população brasileira. 

Aumento da pobreza no Brasil 

O poder de compra da população brasileira está sendo afetado diariamente, segundo um levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas, o número de pessoas na linha da pobreza e da extrema pobreza triplicou. 

Passou 9,5 milhões registrados em agosto do ano passado para 27 milhões em fevereiro deste ano. 

O aumento considerável evidencia a quantidade de pessoas em situação de vulnerabilidade social, com o aumento dos preços muitas delas passaram a sentir fome. 

Segundo os dados de 2020 da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar Nutricional (Penssan), cerca de 19 milhões de cidadãos estão passando fome. 

O desemprego no país também tem atingido níveis recordes, 14,7% da população encontra-se desempregada, cerca de 14,8 milhões de brasileiros segundo o IBGE. 

Atualmente 34,2 milhões de cidadãos vêm trabalhando na informalidade. Além disso, o reajuste do salário mínimo para 2021 ficou abaixo do índice da inflação o que só contribui para diminuir o poder de compra da população.

A expectativa é de que o ajuste previsto para o ano de 2022 fique acima do IPCA, o valor pode passar de R$1.100 para R$1.169. 

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