Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um alerta aos países para uma crise global de saúde mental devido à pandemia de covid-19. “O isolamento, o medo, a incerteza, o caos econômico – todos eles causam ou podem causar sofrimento psicológico”, foi o que disse Devora Kestel, diretora do Departamento de Saúde Mental da OMS, durante o lançamento de um relatório sobre o tema, ressaltando que os governos deveriam colocar a questão “na linha de frente” de suas reações de combate à doença. Segundo a agência, saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade. É um processo que exige autoconhecimento e que permite a lidar com os problemas de forma mais equilibrada. Por isso, cuidar da saúde mental é um ato de amor com você e com o outro. O tema sempre mereceu atenção por parte dos líderes e empresas. Mas nunca antes sua abordagem foi tão necessária quanto neste momento em que a pandemia está obrigando as pessoas a trabalhar remotamente e se isolar do contato presencial com os colegas, familiares e amigos. Já em 2018, quando ainda não havia a ameaça do coronavírus, a OMS apontava que, até o final deste ano, a depressão seria um dos grandes motivos de afastamento do trabalho no mundo, com um impacto na economia mundial de cerca de US$ 1 trilhão por ano. Agora que a sociedade em geral vem sofrendo com os impactos da pandemia, convivendo com a constante ameaça à vida, com o isolamento social, a incerteza de futuro e o impacto na condição financeira, este cenário está se tornando ainda mais evidente. Muitas pessoas estão vivendo em um ambiente emocional de tensões, medos, angústias e aflições, em maior ou menor grau, que no fim das contas podem resultar em sérios transtornos psicológicos, como a ansiedade e a depressão. Sair mentalmente ileso desta situação dependerá da capacidade que cada pessoa tem para lidar com as emoções e preservar seu bem-estar de forma geral. Porém é possível ter atenção a algumas dicas que vou transmitir aqui sobre como minimizar os impactos do isolamento social. É certo que a falta de convívio com outras pessoas traz diversos riscos à saúde mental, portanto as interações a distância são muito importantes para trocar experiências, dialogar, atualizar a mente e acalmar o coração. Como psicóloga, recomendo que as pessoas usem e abusem dos recursos tecnológicos neste momento. As vídeo-chamadas são alternativas para amenizar a saudade durante o isolamento social. Conversar com pessoas que interpretam o desafio deste período com uma visão mais positiva e otimista também ajuda a colocar um limite em emoções negativamente exageradas. Além disso, é preciso atenção e senso crítico aos meios de comunicação que você escolhe para se atualizar. É preciso evitar tanto o fatalismo quanto as fake news, sem contar que não é saudável para a mente permanecer o dia todo acompanhando as notícias – o melhor é estabelecer alguns períodos do seu dia para sua atualização. Outro fator de grande relevância para a saúde mental é se relacionar com o universo que a arte proporciona, seja música, literatura, dança e mesmo séries e filmes. Tudo isso, de forma adequada a esta fase de isolamento social e à sua rotina de trabalho, pode equilibrar o fluxo dos pensamentos e a expressão das emoções. Também é importante cuidar da espiritualidade, então pratique suas crenças e propósitos de evolução existencial. E diante de uma situação tão grave como esta, é necessário enfrentar as adversidades com disciplina, respeito às regras de prevenção e cuidado com as pessoas ao seu redor. Preste atenção principalmente a manifestações de tristeza profunda, medo generalizado, alteração no comportamento e apatia para cumprir as rotinas diárias, pois, se perceber que isso está assumindo um caráter mais grave e prolongado, o ideal é procurar a ajuda de um profissional, sendo que hoje é possível fazer terapia e consultas on-line. E lembre-se que o mais importante para sua saúde de modo geral é respeitar seus limites. Entenda que não é porque estamos no meio de uma pandemia que você deve abandonar seus projetos – afinal, esta é uma situação anormal, mas transitória, então pense que só precisará adiá-los por um tempo. Comprometa-se neste período com o seu autoconhecimento para desenvolver maior resiliência e bem-estar, inclusive para ajudar outras pessoas que precisam de seu apoio. |
Vania
Lançada em julho de 2019, a ISO 56002, de gestão da inovação, tem despertado divergência de opiniões. De um lado, adeptos da cultura de inovação temem pela burocratização. Do outro, gestores acreditam que sem processos, não há inovação. Como um dos únicos brasileiros que participou do processo de formatação dessa norma e das primeiras implementações em empresas nacionais, posso garantir com grande convicção que essa norma veio para ajudar empresas de todos os portes e segmentos a criarem uma gestão voltada para o futuro. Sendo assim, listei os cinco mitos mais comuns sobre a ISO de inovação.
#1 Mata a criatividade:
Um dos maiores temores dos criativos é que a norma iniba a geração de novas ideias. A criatividade é de fundamental importância para a inovação, sendo assim, é amplamente contemplada pela norma. E ela assume um papel fundamental dentro do chamado funil de inovação, que é onde são lançados os primeiros insights que podem vir a se transformar em novos produtos e/ou serviços. No entanto, inovação não se faz apenas com criatividade. Portanto, a norma vai muito além, garantindo métodos e processos que garantam que a criatividade trabalhe a favor da geração de valor.
#2 Engessa os processos:
Há um grande mito no mercado de que normas engessam a gestão. De fato, se não forem bem implementadas, desconsiderando a realidade específica de cada empresa, isso realmente pode acontecer. Contudo, sabemos que não há receita de bolo para inovar. O que funciona em uma empresa, não necessariamente funciona em outra. Sabendo disso, a própria ISO inovou. Diferentemente das normas de requisitos – como a famosa 9.001, de gestão da qualidade – essa é uma norma de diretrizes. Ou seja, a norma aponta caminhos, mas é a empresa que define o que faz sentido para a sua realidade.
#3 Vai gerar mais trabalho
A implementação de uma norma nada mais é do que a criação de um sistema de gestão. É a criação de um processo, com métodos, ferramentas, objetivos e indicadores que servem como uma espécie de termômetro para a empresa avaliar se está indo para o caminho desejado ou se está diante de desvios – as chamadas não-conformidades. Então, se a empresa criar um sistema complexo, de difícil manutenção, há sim o risco de se ter mais trabalho. Mas, se o sistema for desenvolvido sob medida, entendendo exatamente as necessidades e especificidades da empresa, o sistema vai é garantir mais fluidez ao trabalho.
#4 É só para grandes empresas
Muitas pessoas tendem a achar que certificações são caras e que são úteis apenas para quem quer vender para grandes empresas ou ter algum apelo de marketing. Mas, a verdade é que essa é apenas uma consequência das certificações ISO. Implementar uma norma como a ISO 56002, garante que a empresa tenha seu próprio modelo de gestão para a inovação, permitindo que ela esteja muito mais preparada para lidar com as adversidades que podem surgir no futuro. Uma empresa com sólida gestão da inovação tem muito mais chances de prosperar.
#5 Certificação não agrega valor
Há muitas empresas que implementam normas ISO, mas não certificam. E não há problema algum nisso. No entanto, quando a empresa opta pela certificação, conta com a presença periódica de um auditor que aponta possíveis falhas e pontos de melhoria no sistema de gestão. É a oportunidade de ter um acompanhamento de um profissional isento, sem nenhum tipo de interesse, capaz de agregar ainda mais valor aos processos da empresa. Além disso, empresas certificadas também costumam relatar benefícios como o aumento de market share, redução de desperdícios, queda no turn over e até juros menores em instituições financeiras.
Caso você ainda não esteja totalmente convencido de que a ISO 56002 pode ser uma boa opção para a sua empresa, sugiro que aprofunde ainda mais os seus conhecimentos sobre o tema. Visite o site www.isodeinovacao.com.br e baixe o e-book com as 30 dúvidas mais frequentes. Lá você encontra também artigos e vídeos com relatos de empresas que já se certificaram.
Por Alexandre Pierro é sócio-fundador da PALAS e um dos únicos brasileiros a participar ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da inovação.
O universo corporativo se transforma progressivamente. Com o avanço de tecnologias disruptivas, empresas têm aperfeiçoado suas operações, a comunicação com o cliente e tomadas de decisões com o apoio de máquinas inteligentes, sistemas integrados de gestão, aplicativos e ferramentas, entre outras tecnologias. Nesse sentido, conceitos como Machine Learning, Inteligência Artificial e Big Data, por exemplo, estão cada vez mais presentes no dia a dia das instituições.
Para se ter uma ideia, de acordo com o estudo anual (estruturado em 2018) da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), realizado em parceria com a consultoria IDC, o mercado de TI no Brasil cresceu 4,5%, o que representa cerca de US$ 38 bilhões em investimentos com hardwares, softwares e serviços. No ranking mundial, o país ficou em nono lugar, atrás de: Estados Unidos, China, Japão, Reino Unido, Alemanha, França, Canadá e Índia, respectivamente.
No entanto, mesmo com tamanho investimento em Tecnologia da Informação que, devido sua importância, deve crescer ainda mais nos próximos anos, a tecnologia não é o único fator para desenvolver um ambiente empresarial inovador. Pensando nisso, neste artigo, aponto como e porque promover esse conceito dentro das nossas empresas. Acompanhem!
Promovendo uma cultura de inovação genuína
Assim como as tecnologias disruptivas vêm moldando o ambiente empresarial, novas formas de gestão têm aperfeiçoado o dia a dia dos escritórios e empresas. O papel do gestor, por exemplo, deixou de ser o “chefe”, aquele que simplesmente manda, para se tornar o líder, responsável por promover o sucesso de seus colaboradores e da empresa como um todo.
Nesse processo de gestão, é responsabilidade dele ainda, manter um ambiente saudável, que propague a criatividade, o trabalho em equipe e a autonomia de todos os profissionais da organização. Para tanto, é essencial desenvolver algumas estratégias, como uma comunicação mais efetiva por meio de reuniões de feedback, assim como provocar o trabalho colaborativo, sem aquele antigo método de competitividade entre os colaboradores.
Com isso, alguns benefícios são sentidos instantaneamente, como, por exemplo:
- Aumento do bem-estar entre as equipes;
- Engajamento e melhoria da produtividade nas operações;
- Otimização na comunicação e atendimento com os clientes;
- Aumento da atração e retenção de talentos.
Todos esses benefícios resultam no progresso contínuo da organização. Isso porque uma vez o líder atue de maneira engajada, incentivando todo o time em suas atividades a estar alinhados à cultura organizacional da empresa, a operação como um todo será otimizada, proporcionando crescimento e sustentabilidade a longo prazo à empresa. Para tanto é preciso entender que qualquer movimento de transformação organizacional é complexo e exige responsabilidade e resiliência de todos os integrantes de uma organização.
Para finalizar, destaco uma frase de Tom Peters, escritor e economista americano especializado em práticas de gestão de negócios, que vai de encontro à importância de desenvolver uma mentalidade inovadora dentro das nossas corporações: “Para a empresa excelente, a inovação é a única coisa permanente”.
A inovação bate a nossa porta, é preciso a que deixemos entrar!
Para começar a falar sobre a importância do marketing para uma empresa, gosto de usar uma frase curta e simples: quem não é visto, não é lembrado. E estamos em um universo digital, ou seja, repleto de negócios que têm em comum a necessidade de visibilidade, ou seja, cada empresa quer se destacar e como fazer isso da melhor maneira? Investindo em marketing consciente.
Com minha atuação em mais de 35 anos no mercado empresarial e desde 2015 à frente da MORCONE Consultoria Empresarial, também atuando com a gestão de marketing, que visa o desenvolvimento e a implantação de estratégias de atuação, o que melhora o desempenho e a presença de empresas no mercado, hoje quero esclarecer como aplicar marketing ao seu negócio.
Primeiramente é fundamental que se entenda que o marketing é uma ciência que está em constante atualização, que tem como finalidade identificar, antecipar e satisfazer as necessidades dos clientes, com objetivo também nos lucros e resultado final.
Essa é uma área que tem como intuito suprir os desejos dos clientes, expondo mecanismos e métodos que estimulam o desejo desse consumidor em buscar o seu produto/serviço. Todo empresário, independentemente do seu segmento de atuação e do porte de seu negócio, deve se interessar por esse tema. Entender como aplicar marketing ao seu negócio é fundamental, porque essa é uma área que age como “ferramenta de geração de valor” sobre o seu produto/serviço e também sobre a própria marca do negócio.
Além da geração de valor, o marketing representa o elo de relacionamento entre a sua empresa e o seu público e também é responsável pela conquista e fidelização dos clientes e, para isso, são criadas estratégias de atração, conversão e retenção desses clientes.
Por que é importante investir no Marketing no seu negócio?
Não importa qual o segmento e porte da empresa, a ciência do marketing é fundamental desde as micro até as grandes empresas. Falando em grandes empresas, nessas gigantes do mercado, a razão de seu destaque está no marketing estratégico. A empresa que domina esse tema consegue se antecipar às novidades e mudanças no mercado, saberá como se posicionar, como gerar valor ao cliente e, claro, também saberá como aumentar a lucratividade.
Aqueles que desejam compreender como aplicar marketing ao seu negócio também precisam ter em mente que não se trata de apenas divulgar o produto/serviço, o marketing engloba uma série de conceitos, estratégias, canais e metodologias que passam constantemente por mudanças ao longo dos anos para se adaptar às tantas transformações, principalmente sociais.
Compreendendo os objetivos específicos do marketing para uma empresa
Visibilidade e despertar do desejo
Novamente friso “quem não é visto não é lembrado”, é preciso marcar presença, ainda mais nesse cenário envolto por virtualidade.
Uma empresa precisa despertar o desejo de seu público, dizer onde pode ser encontrado o seu negócio, o seu produto/serviço; quais os canais de acesso que o cliente pode utilizar (Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, LinkedIn, etc.).
O marketing também ajuda a aumentar a visibilidade da sua marca, dos seus produtos e serviços e consequentemente também desperta o desejo de consumo por parte dos clientes/consumidores em potencial.
Aumentar o volume de vendas
É claro, que também está envolvido no processo da aplicação de estratégias de marketing o aumento do volume de vendas, mas vale o alerta de que todo o processo de divulgação da marca precisa ser muito bem planejado, porque o conteúdo apenas comercial ao invés de atrair pode afastar os potenciais clientes.
Construção de boas relações
Outra questão que volto a enfatizar sobre como aplicar marketing ao seu negócio é que essa ciência é essencial para construir relacionamento com o público. É uma maneira que pode estreitar laços, também com parceiros e colaboradores e gerar o fortalecimento da marca. As vendas e a fidelização não devem ser a prioridade de uma campanha, devem ser compreendidas como consequência no processo.
Pequenas ações já fazem a diferença
Como já mencionei, não importa o tamanho da empresa, vou dar como exemplo um restaurante, que envia todos os dias um cardápio do dia para o whatsApp dos clientes que autorizaram receber essas ofertas, as chances de aumentar o volume de pedidos com essa ação são muito maiores, mas aqui entra uma outra questão fundamental quando se fala em marketing aplicado, é preciso gerar conteúdo diário.
Não adianta enviar uma promoção hoje e daqui a quinze dias, um mês. Fazer um post nas redes sociais hoje e outro daqui a semanas, é preciso gerar conteúdo nas mídias utilizadas e blog/site toda semana, com planejamento, estratégia.
Meu único alerta quanto ao assunto é que muitas pessoas hoje estão falando em marketing, principalmente usando o termo “marketing digital” sem qualquer conhecimento dessa área, repassando informações superficiais e uma crença de que os resultados surgem do dia para a noite. Não! Campanhas são planejadas com resultados de curto e principalmente longo prazo. Como já mencionei, é preciso sempre gerar conteúdo, sempre fazer uso dos mecanismos que te farão ser encontrado, ser lembrado.
Entender como aplicar marketing ao seu negócio é fundamental, mas lembre-se que é preciso implantar ações direcionadas de maneira estratégica.
Vício em Trabalho: Como promover o equilíbrio entre os colaboradores neste momento de pandemia?
Neste momento de pandemia onde todos os sentimentos estão à flor da pele, muitas organizações encontram-se em constante adaptação por conta dos impactos da crise do COVID-19 e com isso o cuidado com os colaboradores deve ser redobrado, pois a multitarefa e o receio em perder o emprego pode tomar conta da vida pós-expediente. Rebeca Toyama especialista em estratégia de carreira alerta sobre um distúrbio muito comum que se manifesta ainda mais nessa época, o vício em trabalho, e mostra o quão prejudicial é para a saúde mental e física, além das relações interpessoais.
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Board of Innovation que mostra como as empresas estão se adaptando ao novo “normal” causado pela pandemia do COVID-19, o estudo concluiu que haverá mudanças positivas no mundo corporativo, porém a volta será lenta e os profissionais, assim como os empreendedores, terão que se reinventar. Novos hábitos e comportamentos já incluídos em nosso dia-a-dia vão continuar, como o trabalho remoto, equilíbrio entre trabalho e vida social e o maior consumo no e-commerce, por exemplo.
A incerteza do que vai acontecer nos próximos meses é um fator que preocupa os profissionais neste momento, pois sabemos o quanto a crise está impactando nas empresas, aumentando a demanda dos colaboradores e até elevando a taxa de desemprego, além da falência dentro das organizações.
O termo workaholismo utilizado em inglês se designa para pessoas viciadas por trabalho e é um dos poucos vícios em que a sociedade valoriza e as pessoas rapidamente admitem e até se orgulham em alguns casos. No entanto, é tão prejudicial quanto qualquer hábito fora de controle ao prejudicar o convívio familiar, as relações interpessoais e a vida fora da atividade profissional, como o estudo e o lazer.
Para a especialista, neste distúrbio os profissionais se entregam ao trabalho a ponto de se esquecer da vida após o expediente. Muitos fazem isso e não se dão conta do quão é ofensivo para a vida social e pode até impactar no sono. “Os profissionais ficam tão imersos no trabalho que tem pouco tempo para investir nas outras áreas da vida, resultando em mais conflitos conjugais podendo até desencadear depressão, estresse, insatisfação com o trabalho e outros problemas de saúde”, alerta Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira.
A busca por uma carreira e vida financeira estável é apenas um dos aspectos, mas em geral não é o que desencadeia o transtorno, pois inconscientemente a maioria dos workaholic precisa se sentir produtivo para que tenha algum valor, portanto, quanto mais trabalhar, mais valor sentirá que tem.
“Muitos acreditam que a melhor maneira de ser responsável com seus familiares é trabalhar muito e se sacrificar no trabalho. Quando na realidade, a família acaba se sentindo ressentida pelo fato do trabalho estar em primeiro lugar.”,explica a especialista.
Para a especialista, as empresas precisam estabelecer um vínculo de confiança com o colaborador, organizar momentos de cafés virtuais em um determinado dia da semana para a troca de ideias e momentos de descontração, tudo para que o profissional possa se sentir acolhido neste momento difícil. “As organizações precisam ser humanas neste momento e mostrar a importância daquele profissional na empresa é essencial e traz muitos benefícios para a vida profissional e social do colaborador.”, finaliza Rebeca Toyama.
A especialista em estratégia de carreira traz 5 dicas para ajudar as empresas a contribuir com seus profissionais:
1- Deixe claro metas e objetivos
Entenda quais são os fatores que estão atrapalhando o profissional, converse e juntos pensem em uma nova estratégia para as demandas;
2- Estresse e Insatisfação
Mostre para seu colaborador o interesse em ajudar, ouça o que ele tem a dizer e tente mostrar que todos estão sendo impactados pelo o que está acontecendo;
3- Perfeccionismo
Muitas vezes o colaborador quer ser produtivo e deixa de lado suas necessidades básicas. Demonstre a importância da qualidade de vida e do bem-estar para uma boa entrega de resultados;
4- Ansiedade, depressão e indícios de Burnout
Promova ações junto a sua equipe para que esse quadro não se amplie: treinamentos e workshops sobre gestão de mudança, aumento de qualidade de vida e redução de stress são muito efetivos nesse momento;
5 – Ferramentas:
Certifique-se que sua empresa forneceu aos seus colaboradores as ferramentas necessárias para lidar com esse momento. Como o cenário é novo, o colaborador muitas vezes não consegue identificar isso sozinho.
Rebeca Toyama é especialista em estratégia de carreira, bem-estar e saúde financeira.
Impostos prorrogados e novas linhas de crédito: Qual a medida correta para organizar as finanças das PMEs?
A prorrogação de impostos e o anúncio de novas linhas de crédito, como a que foi sancionada recentemente para micro e pequenos negócios, têm garantido a sobrevivência de muitas empresas. Com taxas de juros facilitadas, longa carência para pagamento e até subsídio do governo, os empréstimos oferecem uma oportunidade para que as empresas se mantenham vivas, mantendo seus funcionários e honrando compromissos financeiros. Contudo, a grande dificuldade está na gestão dessas finanças no médio e longo prazo. Uma hora a conta chega, os prazos vencem e é preciso estar preparado financeiramente para cumpri-los.
As ofertas anunciadas são atrativas. No entanto, na prática, o dinheiro não está chegando a quem precisa. E, o que se observa é a dificuldade do governo em transmitir segurança aos bancos e ao mercado neste momento de crise, o que colabora com a insegurança jurídica e operacional das empresas. Afinal, sem confiança nas medidas governamentais, as instituições financeiras tendem a ser mais receosas quanto a liberação do crédito.
Caso opte pelo empréstimo, o empresário deve fazer o seu fluxo de caixa para os próximos 12 meses, simulando cenários de geração de caixa, além de se perguntar: como esse dinheiro será investido? Tenho um plano de aplicação para esse valor? Há perspectivas para o meu negócio que me possibilitarão pagar a dívida? Caso seja uma exigência manter o número de funcionários, isso será viável ou planejo reduzir alguns postos de trabalho? Só depois de levar tudo isso em consideração é que se deve captar o dinheiro no mercado financeiro. O mesmo deve acontecer em relação ao adiamento dos impostos. O fato de não pagar agora não pode ser ignorado, é preciso considerá-lo nas projeções financeiras. A dica de ouro e ponto de atenção para um bom gestor nesse momento é a formação de um colchão de liquidez. Portanto, se houver dinheiro disponível em caixa não queime: aplique e deixe reservado.
Outra medida eficaz e que vem sendo adotada por muitas empresas é a renegociação de prazos e valores de contratos e serviços, além da suspenção de gastos que não são essenciais. A adesão da suspensão de contrato de trabalho ou redução de jornada pode ser uma indicação para casos de redução brusca de receitas, entre outras medidas trabalhistas que foram anunciadas. Agora, as empesas que mais se destacam são aquelas que, além dessas medidas, tiveram a postura de inovar e se adaptar, pensando na sobrevivência do negócio em longo prazo.
Reinventar-se constantemente é a maior necessidade de um empreendedor, ainda mais em um contexto de mundo tão imprevisível. Se a única certeza é a mudança, precisamos abraçar esse processo e estar prontos para fazer diferente. É preciso fazer negócios pensando no novo perfil do consumidor, que tende a mudar bastante após a pandemia. Acompanhar as tendências, analisar a sua contabilidade e antever as oportunidades é a maior lição de casa que o empresário deve fazer.
Diante dessa situação, tendem a se dar melhor os empreendedores que entenderem que o mercado não parou totalmente, mas que a forma de consumir mudou. Essa crise não afetou todo mundo da mesma forma. Com toda certeza, temos cenários mais críticos. No entanto, se houver um olhar para além do padrão, será possível enxergar que existe uma demanda reprimida ou um novo jeito de fazer. Empresas de serviços de entrega viram a demanda por seus serviços explodirem nos últimos meses, pois as vendas descobriram o delivery e o e-commerce. E, se essa é uma opção para a sobrevivência do seu negócio, por que resistir? Experimentar novas formas de gerir o negócio é um dos maiores benefícios de uma crise.
A falta de dinheiro é uma fala frequente de todo empreendedor, isso em qualquer cenário. Um ensinamento que costumo passar para os clientes do Capital Social é a metodologia Lucro Primeiro. Os empresários costumam calcular seu lucro a partir da diferença entre faturamento e despesas. O que sobrar é dividido entre os sócios – e, sinceramente, quase nunca sobra. Mas essa lógica prejudica o crescimento do negócio e a própria atividade empresarial. Deve-se pensar primeiro no lucro que se pretende obter para depois determinar o quanto se pode gastar.
A dica é começar pequeno, poupando 3% do faturamento e abastecendo uma boa poupança. Depois de um tempo, haverá dinheiro suficiente para pagar dívidas, fazer novos investimentos e expandir a margem de lucro. É como diz a máxima das finanças: mais importa quanto você poupa do que, efetivamente, quanto você ganha. Assim, com planejamento e organização, será possível sair desse período turbulento sem maiores prejuízos, e se isso não era feito antes não tem problema, comece agora. E, se precisar de ajuda, converse com o seu contador.
Por Regina Fernandes é contadora e responsável técnica da Capital Social, escritório de contabilidade com 10 anos de atuação que tem como objetivo facilitar o dia a dia do empreendedor.
Medidas preventivas, são fundamentais em doações em tempos de pandemia
A situação de calamidade pública causada pela pandemia da COVID-19 tem mobilizado governos, empresas e cidadãos a tomarem iniciativas, individuais e coletivas, para diminuir os seus efeitos devastadores da crise.
Recentemente, União e Estados divulgaram diversos chamamentos públicos para receberem de empresas doações de máscaras, luvas, álcool em gel, testes rápidos, ventiladores e outros bens e serviços para enfrentamento do novo Coronavírus.
“O fio condutor desse movimento é a boa intenção em ajudar os que serão beneficiados, mas toda essa mobilização exige alguns cuidados importantes para garantir que as doações sejam feitas com segurança e destinadas corretamente”, afirma Luciano de Souza, sócio de Compliance, Penal Econômico e Investigações do Cescon Barrieu.
Segundo o especialista, é fundamental que os procedimentos legais aplicáveis aos que receberão o bem ou serviço sejam respeitados para garantir que doações atinjam seus objetivos de forma eficiente e transparente.
Por mais que a atual situação seja bastante diferente da referência de normalidade, continua fundamental que medidas preventivas de compliance sejam adotadas.
Assim, as empresas podem evitar riscos e exposições prejudiciais e demonstrar o embasamento legal e ético das doações, caso futuramente sejam questionadas por órgãos de controle da Administração Pública.
Algumas boas práticas de compliance incluem registrar, acompanhar e monitorar os mais diversos tipos de doações.
Na falta de norma própria aplicável ao ente que receberá a doação, a legislação federal pode servir como parâmetro para os procedimentos a serem adotados.
Um dos procedimentos previstos na legislação federal para essas situações é justamente o chamamento público, mencionado acima.
O procedimento é divulgado pelo ente que será favorecido por uma doação para selecionar um ou mais doadores idôneos. Outra alternativa para os interessados em contribuir é a manifestação de interesse, onde o doador se identifica formalmente ao ente público que deseja ajudar e oferece um bem ou serviço.
Doações para associações, fundações, organizações ou fundos emergenciais privados que não estejam vinculadas diretamente à Administração Pública não necessariamente precisam seguir esses procedimentos, mas é preciso observar também as melhores práticas de compliance.
Os eventuais riscos relacionados ao procedimento de doações às entidades públicas são menores quando a empresa conduz diretamente a doação, pois consegue agir mais de perto para monitorar eventuais irregularidades e prevenir conflitos de interesse que possam surgir no relacionamento com os agentes públicos que eventualmente estejam na outra ponta da doação.
Para mitigar riscos, uma verificação prévia do destinatário dessa doação, e do intermediário quando for o caso, é muito recomendável – procedimento conhecido também como background check.
Demonstrar a finalidade da doação através de um planejamento e processo decisório claro e anterior à efetivação da boa ação é outra medida bastante eficaz para não cair em nenhuma cilada.
Por fim, além de garantir que as regras e procedimentos pertinentes sejam respeitados, deve-se formalizar devidamente essa doação, garantindo a transparência e destinação dos recursos.
“A efetiva destinação dos bens e serviços deve ser garantida, e caso as doações se estendam por um período, deve-se manter um acompanhamento para que os recursos não sejam desviados de sua finalidade e alcancem o principal objetivo de chegar a quem precisa em uma circunstância tão delicada”, completa Luciano de Souza.
Antecipação de recebíveis: Saiba porque são mais democráticas que as linhas de crédito
Responsáveis por fomentar a economia do país, pequenas e médios empresas tiveram os desafios redobrados para se manterem em atividade desde o início da pandemia do novo coronavírus.
Com a redução do fluxo de pessoas nas ruas pelo isolamento social para combater a COVID-19, 69% das PMEs viram o caixa sofrer uma forte redução de faturamento, impactando na saúde financeira para o pagamento de funcionários, fornecimento de serviços e manutenção dos compromissos tributários.
A liberação de linhas de créditos por parte do governo federal não estão chegando aos pequenos e médios empresários.
O Sebrae apontou que 60% das PMEs que buscaram crédito no sistema financeiro desde o início da pandemia tiveram os pedidos negados. Já o Sindicato de Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi) calcula que 87% das micro e pequenas indústrias não tiveram acesso às linhas oferecidas.
“Estes modelos de crédito que estamos vendo nos últimos 60 dias são empréstimos com taxas, realmente, um pouco abaixo do que seriam em um cenário fora da crise.
Mas, o que o pequeno e médio empresário precisa nesse momento é de uma alternativa que não gere um custo lá na frente e não esbarre em burocracias, dificultando a tomada deste dinheiro”, explica Elber Fabrício Laranja, cofundador da fintech de acesso ao crédito Antecipa Fácil e membro da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs).
Uma alternativa que possa fortalecer o fluxo de caixa sem o compromisso de uma dívida é a antecipação de recebíveis. A PME antecipa o valor de uma nota fiscal que receberia no futuro e evita um endividamento.
A antecipação de recebíveis pode ser uma maneira mais segura e atraente porque:
1.Evita o endividamento
Diferentemente do empréstimo em que o tomador negocia uma taxa de juros e prazo de início do pagamento, na antecipação de recebíveis é feita uma liquidação de um direito creditório que pertence à PME.
2.Não existe apontamento restritivo
Ainda que modelos atuais de crédito tentaram atrair a atenção do pequeno e médio empresário, é feita uma análise do histórico de pagamentos.
Se houver algum apontamento restritivo, os juros aumentam e em alguns casos o crédito é negado. “Por isso que muitos pequenos e médios empresários não conseguem o crédito no sistema bancário tradicional, por ele não sentir confiança no pagamento do tomador. Neste cenário, surgem as fintechs que democratizam e oferecem condições mais flexíveis para uma grande parcela de PMEs não atendidas pelos bancos”, explica Elber Laranja.
3.Custo de antecipação mais baixo
Quando comparado com as linhas de crédito sem garantia, como para capital de giro, os custos da antecipação de recebíveis são mais baixos.
Isso porque as PMEs com restrição acabam esbarrando em juros mais altos em relação às linhas de crédito oferecidas pelos bancos.
4.Liberdade para levantar capital
Muitas vezes o banco em que a PME tem relacionamento não consegue destinar linha de crédito e o empresário fica limitado a abrir uma conta em outra instituição financeira por conta do apontamento restritivo.
5.Risco de crédito analisado do cliente da PME
Isto quer dizer que a fintech irá analisar o perfil de pagamento do cliente da PME porque “provavelmente esta PME tem como cliente uma grande empresa, que na maiorias das situações tem um cadastro melhor que o fornecedor. Desta forma, a garantia de recebimento do ativo pela fintech torna-se maior”, detalha.
Com uma crescente ascensão, a Antecipa Fácil é a queridinha dos pequenos e médios empresários quando se fala em antecipação de recebíveis.