Autismo: como o diagnóstico pode ser realizado?

O autismo é uma condição que atinge aproximadamente 1 em cada 200 indivíduos e pode ser dividida em vários graus, desde os mais leves até os mais altos, variando de acordo com os níveis de funcionalidade e dependência do paciente. O que muitos não sabem é que  dependendo do grau de autismo e com o tratamento adequado, essas pessoas são capazes de realizar as mais diversas atividades.

O que é autismo?

De modo científico, o autismo é conhecido como Transtorno do Espectro Autista, é uma condição que tem características, como: problemas na comunicação, na socialização e no comportamento, normalmente seu diagnóstico acontece entre os 2 e 3 anos de idade.

A criança autista apresenta algumas particularidade específicas, como: dificuldade na fala, bloqueio em expressar sentimentos e idéias, sensação de desconforto em meio aos outros, pouco contato visual; além disso tem padrões repetitivos e movimentos estereotipados (ficar sentado por muito tempo, balançando o corpo para frente e para trás é um exemplo) 

Quais são os principais sintomas dessa síndrome?

O autismo possui alguns dos sintomas e características mais recorrentes, são eles: 

• Dificuldade na interação social – pouco contato visual, dificuldade em fazer amigos, dificuldade em expressar emoções e ideias;
• Danos na comunicação – dificuldade em começar ou continuar um diálogo, uso repetitivo da linguagem;
• Alterações de comportamento – não sabem brincar de faz de conta, padrões repetitivos de comportamentos, têm muitas “manias” e demonstram forte interesse por algo específico, (a roda de um carrinho é um exemplo).

É importante ressaltar, que esses sintomas são variáveis de acordo com o grau de autismo do paciente, podendo ser leves e passando despercebidos, mas também podem ser moderados ou graves.

Como acontece o diagnóstico?

O diagnóstico de autismo não é algo simples, pois em casos mais leves a síndrome pode ser confundida com timidez, falta de atenção ou excentricidade. A melhor atitude a ser tomada é procurar um pediatra ou psiquiatra, esses profissionais poderão observar a criança na realização de alguns testes, entre os 2 e 3 anos de idade.

A confirmação da síndrome acontece quando a criança apresenta características das três áreas alteradas pelo autismo (interação social, alteração de comportamento e falhas ao se comunicar)  

É bom esclarecer, que para ser diagnosticado como autista, não é necessário apresentar inúmeros sintomas; pois como foi mencionado anteriormente, existem vários graus da síndrome.

Quais são as causas do autismo?

As causas do autismo ainda são desconhecidas, porém alguns estudos apontam que ele possa estar ligado a alguns fatores genéticos (podem ser hereditários) ou fatores ambientais. 

Acompanhe a seguir, algumas possíveis causas do autismo:

• Deficiência e anormalidade cognitiva de causa genética e hereditária – foi observado que alguns autistas apresentam cérebros maiores e mais pesados e que a conexão nervosa entre suas células era deficiente;
• Fatores ambientais – o ambiente familiar, complicações no período de gestação ou parto;
• Alterações bioquímicas –  excesso de serotonina no sangue;
• Anormalidade cromossômica – ausência ou duplicação do cromossomo 16.

Como é realizado o tratamento?

O tratamento dependerá do grau de autismo e do comprometimento do paciente. 

Veja abaixo algumas forma de tratamento da síndrome:

• Uso de medicamentos prescritos pelo médico;
• Sessões de fonoaudiologia – ajuda no desenvolvimento da fala e na comunicação;
• Terapia comportamental – facilita as atividades diárias;
• Terapia de grupo – auxilia na  socialização da criança.

É importante ressaltar, que o autismo não tem cura; porém o tratamento adequado facilita a vida da criança e dos seus pais.