Existe uma vontade dos partidos de direita e esquerda em estender o prazo de pagamento do Auxílio Emergencial de R$ 600, que foi criado para combater os efeitos da pandemia na vida dos brasileiros. O período de pagamento é de três meses.
Já foi protocolado na Câmara dos Deputados, um projeto para aumentar o tempo de pagamento do Auxílio Emergencial. Segundo os parlamentares, o desejo de esticar o benefício, se dá o fato da piora na perspectiva para a atividade econômica no país durante este ano.
Em 20 de março, o PIB (Produto Interno Bruto) estava em 1,48%. Neste mesmo dia, foi aprovado o estado de calamidade pública.
Arnaldo Jardim (SP), líder do Partido da Cidadania na Câmara dos Deputados, disse que a economia já está demonstrando sinais de que um forte aumento de desemprego no Brasil irá acontecer.
Para ele, manter o isolamento social para combater o vírus, será necessário prorrogar a concessão do auxílio de R$ 600 até setembro.
“Temos de ter uma política para enfrentar essa situação. Não sabemos a que velocidade virá a reativação da economia”, diz. Ele deixou claro, que há estudos que mostram que os R$ 600 se converteram em consumo, com impacto na economia. “É uma injeção na veia. Ninguém que receba os R$ 600 vai poupar. Estamos convencidos de que são gastos humanitariamente necessários.”
Outro deputado, Wolney Queiroz, do partido do PDT e líder na Casa, também acredita que o auxílio precisa ser estendido até setembro. Para ele, os trabalhadores informais e demais categorias não irão conseguir recompor a renda em apenas três meses.
“Imagina que as coisas não melhorem. O comércio não abre, o emprego não aparece e o socorro acaba. Você já recebeu o primeiro auxílio, faltam duas parcelas, vai batendo o desespero”, disse.
“Mais três meses dão tranquilidade ao contingente de pessoas que dependem desses recursos.”
Para a deputada do Rio Grande do Sul, Fernanda Melchionna (PSOL), o auxílio de R$ 600 deve ser prolongado até dezembro. Segundo ela, seria possível adotar medidas de isolamento por mais tempo e garantir renda aos afetados pela crise econômica.
“Tem de ter medidas sociais para o povo e também para permitir o estímulo ao consumo. Esses recursos retornam para a economia”, afirma. “Acho impossível que o governo acabe com a renda básica daqui a dois meses.”
Na terça-feira, (12), o Ministério da Economia divulgou uma nota, minimizando a fala do secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia, Carlos Costa, na segunda-feira, (11), durante uma transmissão ao vivo. Neste dia, o secretário havia afirmado que o auxílio de R$ 600 poderia ser mantido após a pandemia do coronavírus.
“As despesas criadas neste momento de excepcionalidade não devem ser transformadas em permanentes para não comprometer a recuperação das contas públicas a partir de 2021 e nem a trajetória sustentável da dívida pública. O compromisso com o teto de gastos dá credibilidade e promove investimentos que criam empregos e faz com que o governo onere cada vez menos a sociedade”, esclareceu o Ministério da Economia.
“Neste momento, o governo está preocupado em preservar vidas e a atividade econômica. Com medidas extraordinárias, foi possível socorrer os mais vulneráveis que perderam seu sustento. Essa crise trouxe, entretanto, uma oportunidade para avaliar a efetividade dos programas de transferência de renda e desenhar propostas de melhorias. Projetos para a reativação da economia estão em estudo e serão divulgados no momento oportuno”, finalizou o Ministério da Economia.
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