O Auxílio Emergencial se encerrou no mês passado trazendo uma série de incertezas. Apesar do governo publicamente descartar uma nova prorrogação do benefício, o mesmo pode ser disponibilizado como plano B.
Para entendermos todo o contexto que pode fazer com que o Auxílio Emergencial ganhe uma nova prorrogação precisamos entender que o benefício emergencial pode ser liberado novamente a depender do destino do Auxílio Brasil.
Assim, auxiliares e aliados do governo do presidente, Jair Bolsonaro, avaliam que o Senado Federal deve atrasar a aprovação da PEC dos Precatórios, onde a mesma deve ser votada apenas na segunda metade de dezembro.
A PEC dos Precatórios precisa ser aprovada para que o governo consiga bancar o Auxílio Brasil no valor de R$ 400 e ainda garantir acesso ao benefício a novas famílias que não recebiam o Bolsa Família.
Contudo, o atraso na votação da PEC dos Precatórios pelo Senado pode fazer com que o novo valor de R$ 400 seja disponibilizado aos beneficiários somente no ano que vem.
Além disso, conforme informações de membros do governo, mais de 22 milhões de pessoas que recebiam o Auxílio Emergencial vão ficar de fora do novo programa, o que pode trazer um impacto negativo a imagem do presidente Jair Bolsonaro.
Como consequência essa soma de fatores acabam fortalecendo dentro do governo uma possibilidade para o retorno do Auxílio Emergencial ainda em 2021.
Preocupações com o Auxílio Brasil
De acordo com o portal G1, interlocutores do presidente Bolsonaro destacam as enormes filas de pessoas que estão em busca de renovar ou ainda de se inscreverem no Cadastro Único (CadÚnico) para recebem o Auxílio Brasil.
Essa corrida contra o tempo e a incerteza de que essas famílias vão receber o novo Auxílio Brasil podem provocar um mal-estar por parte da população, que depende dos benefícios do governo para sobreviver. Principalmente quando evidenciarem que não terão direito de receber os R$ 400 prometidos.
“Já estamos observando uma certa decepção destas pessoas ao enfrentar enormes filas para renovar seu cadastro. A frustração vai aumentar quando essas 20 milhões de pessoas descobrirem que não vão mais ter direito ao benefício do governo federal”, disse ao G1 um assessor presidencial que defende a volta do Auxílio Emergencial.
Futuro incerto
Como consequência mais de 20 milhões de pessoas que recebiam o Auxílio Emergencial não devem ter mais a ajuda do governo a partir de novembro e também não devem conseguir espaço no Auxílio Brasil.
Assim, ainda será necessário aguardar as movimentações do governo quanto aos avanços da PEC dos Precatórios no Senado Federal. O futuro da PEC dos Precatórios assim como do novo valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil serão decisivos para que o governo decida sobre uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial.