A tarefa de conciliar a rotina de trabalho após o diagnóstico de câncer pode ser complexa para a mulher.
Isso porque, além de ser uma doença com alto índice de gravidade, para muitas mulheres, o câncer de mama afeta o aspecto principal da feminilidade e sensualidade.
Por ser um fator tão visível, algumas não conseguem lidar tão bem com a situação, e permite, justificadamente, que a condição afete negativamente vários setores da vida e, o profissional é um deles.
Apesar de a evolução da medicina já ter resultado na cura ou controle de alguns tipos de câncer através do uso contínuo de medicamentos, proporcionando qualidade de vida aos oncológicos.
É importante destacar que dificuldade inicial de desenvolver as atividades laborais, ainda que, muitas pessoas que diagnosticadas com a doença, não fiquem impedidas de trabalhar.
No entanto, mesmo com todos os impasses, é preciso que a trabalhadora nesta condição tenha o mínimo de suporte partindo de quantos lados forem possíveis.
Neste sentido, o auxílio psicológico é primordial para equilibrar todas as questões que podem surgir e afetar a rotina significativamente, pelo menos, em um primeiro momento.
Na oportunidade, o psicólogo Victor Bonfante, destacou que, definir o posicionamento adequado que uma empresa deve adotar nestas condições se trata de algo muito particular, considerando que cada uma deve ter a consciência de como prosseguir da melhor maneira.
No entanto, quando o médico afirma o diagnóstico, tudo muda para a pessoa que o recebe, tendo que lidar com uma mescla de sentimentos e emoções intensas que podem provocar um novo questionamento sobre a rotina que está por vir.
“O tratamento de um câncer não é batalha fácil, ninguém é preparado para isso.
Acredito que o momento do diagnóstico é o pior, ninguém sabe o que vai sentir de fato.
Além disso, nem sempre os sintomas são os mesmos, muito menos o principal acontecimento, porque, o impacto psicológico é muito pior”, comentou.
O psicólogo ainda disse que, o acompanhamento cuidadoso é fundamental para amenizar quaisquer sentimentos extremos que possam surgir nesta fase.
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Ele ajuda o paciente a entender as próprias emoções, a enfrentar o novo cenário com as mudanças associadas à doença, além de permitir que a pessoa nesta condição se sinta à vontade para abordar o tema.
“Com isso ocorre a redução da ansiedade, sofrimento e, melhora na qualidade de vida” destacou.
No ano passado, o prefeito de São Paulo se tornou um destaque nos noticiários após ser diagnosticado com um tumor no estômago.
Entretanto, a novidade ficou por conta da decisão em manter as atividades trabalhistas mesmo diante de uma rotina intensa com várias sessões de quimioterapia seguidas de internações perante a situação fragilizada.
Apesar de não se enquadrar na proposta do câncer de mama, este é um exemplo que se tornou público sobre as circunstâncias abordadas.
Segundo o levantamento “Como as empresas lidam com o câncer?”, realizado em 2019 pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), junto ao movimento sem fins lucrativos, Go All, os gestores apresentaram dificuldades em oferecer algum suporte para os colaboradores enfermos (68%), bem como, na questão de ressocialização do colaborador que venceu o câncer no ambiente de trabalho (35%).
Durante análise em outra pesquisa, esta executada pelo LinkedIn em parceria com a Fundação Laço Rosa, no ano passado, foi possível observar uma nova perspectiva.
Isso porque, apenas 31% das funcionárias que têm ou que já enfrentaram a doença continuaram trabalhando após receberem o diagnóstico.
Além disso, mesmo empregadas, 28% apresentaram ter dificuldades em conciliar a rotina laboral com os efeitos colaterais do tratamento.
Outras 19% notificaram a falta de políticas de apoio e, por fim, 12% não tiveram a oportunidade de trabalhar de casa.
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Por Laura Alvarenga