Nesta segunda-feira, o Banco Central da Argentina (BCRA) anunciou um aumento de 6 pontos percentuais em sua taxa de juros básica, elevando-a de 91% para 97%.
Essa medida foi tomada em resposta ao rápido aumento da inflação no país, que atingiu 109,9% nos últimos 12 meses até abril.
Em abril, o índice de preços ao consumidor registrou um aumento de 8,4% em relação a março e já acumula um total de 32% somente em 2023.
A autoridade monetária afirmou em comunicado que o objetivo dessa medida é “agir imediatamente para evitar que a volatilidade financeira contribua para as expectativas de inflação”.
A decisão implica em um aumento de 600 pontos-base na taxa de referência e é o primeiro passo de uma série de medidas que serão anunciadas pelo governo.
Essas medidas incluem incentivos ao consumo e à importação de alimentos, com o intuito de conter o aumento dos preços ao consumidor, que atingiram 8,4% mensalmente em abril.
Além disso, foi anunciada uma redução de 2 pontos percentuais na taxa de financiamento para saldos em aberto de cartões de crédito para pessoas físicas, a partir de junho.
A taxa será reduzida de 88% para 86% da taxa nominal anual (TNA). Vale ressaltar que as taxas de linhas de financiamento destinadas ao investimento produtivo de pequenas e médias empresas permanecerão com condições subsidiadas, ou seja, com taxas de juros mais baixas.
A mais recente elevação dos juros na Argentina aconteceu logo após o governo anunciar medidas econômicas para combater o aumento dos preços.
A decisão de elevar os juros pode ser vista como parte dessas medidas, com o objetivo de controlar a inflação e estabilizar a economia.