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Bitcoin: Qual é problema que ele resolve?

por Lucas Pereira
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Quando medimos um litro de leite ou um quilo de arroz, a quantidade é absoluta e inquestionável. Um litro é sempre um litro, e um quilo é sempre um quilo, independentemente do país, cultura ou momento histórico. Essas unidades de medida fornecem uma base sólida para o comércio e as transações, garantindo que ambas as partes envolvidas entendam exatamente o que estão recebendo ou entregando. No entanto, o mesmo não pode ser dito sobre o dinheiro.

Ao longo da história, o valor das moedas tem flutuado dramaticamente, influenciado por fatores políticos, econômicos e sociais. A inflação, a deflação e as manipulações monetárias por parte dos governos têm desvalorizado as economias e corroído a confiança nas instituições financeiras. É nesse cenário que surge o Bitcoin, uma criptomoeda que promete revolucionar a forma como entendemos e utilizamos o dinheiro.

Bitcoin o Começo de uma Revolução

O Bitcoin não é apenas mais uma moeda digital. Ele representa uma ruptura radical com o sistema financeiro tradicional, oferecendo uma alternativa descentralizada, transparente e segura. Criado em 2008 por um indivíduo ou grupo conhecido como Satoshi Nakamoto, o Bitcoin funciona através de uma tecnologia chamada blockchain, um livro-razão público e distribuído que registra todas as transações de forma imutável.

O Problema que o Bitcoin Resolve

O Bitcoin aborda uma série de problemas inerentes ao sistema financeiro tradicional:

  • Centralização: As moedas fiduciárias são controladas por bancos centrais, que podem manipular a oferta de dinheiro e causar inflação. O Bitcoin, por ser descentralizado, não está sujeito a esse tipo de interferência.
  • Intermediários: As transações financeiras tradicionais envolvem uma série de intermediários, como bancos e instituições de pagamento, que cobram taxas e podem demorar dias para processar as operações. O Bitcoin elimina a necessidade desses intermediários, tornando as transações mais rápidas e baratas.
  • Censura: Governos e instituições financeiras podem bloquear ou congelar contas bancárias por motivos políticos ou ideológicos. O Bitcoin oferece um alto grau de anonimato e dificulta a censura.
  • Inflação: A emissão ilimitada de moedas fiduciárias pode levar à inflação, desvalorizando as economias e prejudicando os poupadores. O Bitcoin tem uma quantidade máxima de unidades, o que o torna uma proteção contra a inflação.

A Relação com o Dólar e Outras Moedas

A ascensão do Bitcoin desafia o domínio do Dólar como moeda de reserva mundial. A volatilidade do Bitcoin e a sua natureza descentralizada o tornam um ativo atraente para investidores que buscam diversificar suas carteiras e se proteger contra a inflação. No entanto, a correlação entre o Bitcoin e o Dólar é complexa e influenciada por diversos fatores, como as políticas monetárias dos bancos centrais, o apetite por risco dos investidores e os eventos geopolíticos.

O Futuro do Bitcoin

O futuro do Bitcoin é incerto e repleto de desafios. A volatilidade, a falta de regulamentação clara em muitos países e o uso da criptomoeda em atividades ilícitas são alguns dos obstáculos que precisam ser superados. No entanto, a tecnologia por trás do Bitcoin, a blockchain, tem o potencial de revolucionar diversos setores da economia, além das finanças, como a logística, a saúde e a governança.

O Bitcoin representa uma ruptura com o sistema financeiro tradicional e oferece uma alternativa mais justa, transparente e segura. Embora ainda seja uma tecnologia em desenvolvimento, o potencial do Bitcoin é imenso. À medida que a adoção do Bitcoin se torna mais ampla, é provável que ele continue a desafiar o status de reserva de valor  e a moldar o futuro das finanças.

Por Lucas de Sá Pereira, contador https://contadorlucaspereira.shop/,  e colunista do Jornal Contábil e criador do instagram @contadorlucaspereira

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