Uma verdadeira corrida contra o tempo está sendo travada porque empresas estão a menos de seis meses de se adequarem ao Bloco K do SPED Fiscal.
A nova obrigação vem preocupando as áreas fiscais e contábeis das indústrias e empresas atacadistas que terão que entregar, a partir de 1º de janeiro de 2016, o Registro de Controle da Produção e Estoque, ou o famoso Bloco K.
Nele, serão apresentados mensalmente o consumo específico de itens de estoque, perdas durante o processo produtivo e uma série de informações.
Apesar da sua importância, o Bloco K vem se mostrando complexo e inviável em pouco tempo, apesar de ser uma obrigação antiga.
O que ocorre é que poucas empresas cumpriam a obrigação, uma vez que não se exigia o livro correspondente, mas a partir de janeiro, com a integração com o SPED Fiscal, ele passa a ser obrigatório para que as informações sejam checadas e cruzadas, evitando a omissão do Bloco K.
Será que sua empresa está pronta para a chegada dessa obrigatoriedade? Confira no post e veja como se preparar para atender a todas as exigências!
Conheça o Bloco K
O grande segredo para não cair nas armadilhas da nova obrigação é estudar e planejar a implantação de um Sistema Contábil de Custos (que também passa a ser uma das exigências do Fisco para 2016), que atenderá à legislação tributária por meio da apuração dos custos dos produtos vendidos.
É preciso que o realinhamento interno seja feito o quanto antes, uma vez que o Bloco K promete uma grande mudança nos processos operacionais e culturais da empresa.
Toda e qualquer modificação deve ser iniciada o quanto antes, principalmente com relação à instalação de um software e o treinamento de funcionários, exigindo uma organização antecipada do controle de produção.
Indústrias de grande porte, que já estão com as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da empresa, poderão ter dificuldades na compreensão do novo layout, mas a grande preocupação do Fisco está nas empresas menores, que já descumpriam a regra anteriormente e que, a partir do ano que vem, terão ainda mais dificuldades em aderir ao Bloco K.
Invista em tecnologia
A grande mudança está na forma da entrega do Bloco K, que a partir de janeiro deverá ser realizada em meio digital pelo SPED, abrindo para o Fisco todas as informações referentes à manipulação completa de cada item de estoque em todas as etapas do processo produtivo.
Para o Fisco, a nova obrigação impossibilita que meios ilícitos sejam utilizados nas operações de apuração dos resultados, que contribuem para a sonegação fiscal em casos de emissões incorretas, lançamentos de meias notas ou subfaturas e manipulação de estoques.
A grande chave do sucesso nessa transformação é investir em segurança da informação fiscal e operacional através de um sistema contábil e de mão de obra qualificada.
Prepare as informações
O Bloco K exigirá controle e organização das empresas em todas as etapas do processo produtivo, desde as informações referentes à ordem de produção, compra de matérias-primas, insumos e quantidades de produtos fabricados e em andamento.
Também farão parte das informações as perdas e sobras a cada mês. É importante considerar que todas as informações serão cruzadas quantitativamente através do SPED, que confrontará com aquelas informadas pela indústria através do Bloco K.
Entregue ao Fisco
A partir do ano que vem, o critério arbitrado utilizado pelo Fisco na apuração do custo das vendas e valorização dos estoques deixará de existir e tudo deverá ser cuidadosamente analisado para que inconsistências não caiam na malha fina.
Todos os dados deverão ser detalhadamente levantados e os prazos de entrega obedecidos. As penalidades para quem não entregar podem variar de 1% do valor do estoque total do período, até 150% do valor do período do imposto devido, em caso de diferenças que possam representar sonegação fiscal. A consolidação, geração e validade são fatores que garantem o sucesso da nova obrigação.
Matéria: Blog Sage