O Banco Central do Brasil trouxe boas notícias aos consumidores de produtos bancários e uma bela dor de cabeça aos grandes bancos de rede: a criação e implantação do sistema instantâneo de pagamentos por meio do código QR, denominado PIX.
Esse novo sistema ressignifica os chamados “pagamentos instantâneos”, pois promete realizar as transferências de dinheiro em apenas dois segundos, conforme anunciado pelo próprio Banco Central. Essa inovação contrasta com o a espera atual para compensação de valores, que pode chegar a três dias até que as quantias estejam disponíveis na conta do destinatário.
Alinhado com os anseios e costumes de millenials e zoomers (ou Geração Z), o PIX satisfaz as expectativas dos nativos digitais, extensamente conectados à internet por meio de seus celulares e ávidos a consumir todas as facilidades que as novas tecnologias oferecem. Para esse contingente de clientes que cresce a cada dia, tempo não é apenas dinheiro, mas oportunidade.
Contudo, essas vantagens não se restringem a esse grupo, pois o pagamento instantâneo por QR Code é de fácil utilização, colaborando com o aproveitamento do tempo no nosso apressado cotidiano em qualquer geração. Isso porque o PIX não se limita ao horário comercial e muito menos ao restrito horário bancário. Seu funcionamento segue a máxima do 24/7, 24 horas, 7 dias por semana, ou seja, funciona dia e noite, aos sábados, domingos e feriados. Atualmente, as movimentações por DOC e TED apresentam tanto restrições de valores, como de horários.
E mais: dentre outras viabilidades, as transferências podem ser realizadas entre clientes de diferentes bancos, para pagamentos de boletos, comércio eletrônico, contas de consumo e até mesmo no recolhimento de tributos, antes restritos ao horário de funcionamento dos serviços públicos.
Porém, as boas novas não são para todos. O PIX deve ser obrigatoriamente implantado pelos bancos com mais de 500.000 contas de clientes ativas (incluindo contas corrente e de poupança) até 16 de novembro. As Fintechs, que contam com estrutura mais dinâmica e são intimamente conectadas às novas tecnologias, saem na frente a passos largos, com grande possibilidade de captar mais adeptos.
Cabe aos chamados “bancões” focar no ganho de escala, entrando nessa disputa pelos clientes, apostando no barateamento de suas tarifas de serviços, nada competitivas, por sinal, se comparadas aos serviços gratuitos das fintechs.
Thaís Cíntia Cárnio é professora de Direito Empresarial e Mercado Financeiro da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
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