Bolsonaro na mira da PF: acusação de fraudar cartão de vacina

A Polícia Federal (PF) cumpriu 17 mandados de busca e apreensão, além de 6 de prisão preventiva (4 em Brasília e 2 no Rio), sendo três contra ex-assessores de Jair Bolsonaro na Operação intitulada "Venire".

A investigação corre no âmbito do inquérito que apura a atuação de milícias digitais e a  suspeita é que cartões de vacinação tenham falsificações.

O ex-Presidente Jair Bolsonaro (PL) é suspeito de integrar uma associação criminosa que fraudava dados de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Além dele, estão sob investigação a esposa Michelle Bolsonaro e o ex-ajudante de Ordens Mauro Barbosa Cid.

A operação da PF tem o intuito de conferir certificados falsos de vacinação a quem não tinha se vacinado, para que estas pessoas pudessem circular livremente por locais onde a imunização era exigida. 

Operação Venire

Policiais prenderam seis suspeitos, entre eles o ajudante Mauro Barbosa Cid, e apreenderam celulares de Jair e Michelle Bolsonaro. De acordo com o site G1, os demais presos foram o policial militar Max Guilherme, segurança de Bolsonaro, militar do Exército Sérgio Cordeiro, segurança de Bolsonaro, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, Ailton Gonçalves Moraes Barros e o  candidato a deputado estadual pelo PL-RJ em 2022.

O ajudante Mauro Cid foi prestar depoimento na PF, mas recebeu orientações de advogados para ficar calado. Ainda de acordo com site G1, Mauro Cid controlava o cadastro de Bolsonaro no Conecte SUS. Os acessos se davam por meio de IP atribuído a Cid, segundo a Polícia Federal. Com base nisso, a PF sustenta que Bolsonaro sabia da fraude, e por isso, pediu as buscas.

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Bolsonaro nega acusações

Em declaração à imprensa, Jair Bolsonaro nega adulteração em cartão de vacinação e reiterou que não tomou as vacinas contra a Covid-19. Ele também confirmou ter entregue seu celular à PF e disse que o aparelho não tem senha de bloqueio. 

O ex-Presidente também se negou a depor na Polícia Federal e encontra-se reunido na sede do Partido Liberal com aliados.