Jair Bolsonaro (sem partido), durante sua passagem por Cuiabá na manhã desta quinta-feira, disse que quer entrar em acordo com o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ele afirmou que está disposto a entrar em diálogo com os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, e também com Luís Felipe Salomão (Tribunal Superior de Justiça). Segundo Bolsonaro, uma conversa poderá mudar o destino do país.
“Quero paz, quero tranquilidade. Converso com o senhor Alexandre de Moraes se ele quiser conversar comigo. Converso com o senhor Barroso se ele quiser conversar comigo. Converso com o Salomão se quiser conversar comigo”, disse o presidente durante coletiva de imprensa.
O presidente disse “é pedir muito” um momento de diálogo e concluiu dizendo, que de sua parte, as portas nuncas estarão fechadas para ninguém.
Entenda o que está acontecendo
O presidente vem dizendo que vai pedir ao Senado Federal a abertura de processo contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Significando que a crise entre os Poderes parece não ter fim.
Ele também publicou no Twitter acusações contra os magistrados, dizendo que eles extrapolam os limites da Constituição e disse que o povo brasileiro não aceitará passivamente a violação de direitos e garantias, como a liberdade de expressão, e prisões arbitrárias.
As coisas ficaram ainda mais complicadas quando o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), aliado do presidente, por ataques às instituições democráticas.
O ministro Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), também tem recebido ataques e criticas de Bolsonaro em relação ao voto impresso.
“Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a qual não provocamos ou desejamos. De há muito, o ministro Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, extrapolam com atos os limites constitucionais. Na próxima semana, levarei ao Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, um pedido para que instaure um processo sobre ambos de acordo com o art. 52 da Constituição Federal”.