O Brasil, gigante pela própria natureza, mas também por suas contradições, conquistou um lugar nada honroso no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) 2024, elaborado pela Transparência Internacional. O país ocupa o 94º lugar, empatado com Argentina, Etiópia, Marrocos e Tanzânia, cada um marcando 38 pontos em uma escala de 0 a 100. Mas o que isso significa? Antes de alarmismos, é importante entender o contexto desse índice.
O IPC é calculado anualmente desde 1995 e avalia 180 países com base na percepção de empresários e especialistas. Menores pontuações indicam maior corrupção. O levantamento considera fatores como o impacto social e econômico desse problema, e os dados revelam uma realidade complexa. O Brasil, por exemplo, vem flertando com a faixa dos 38 pontos há anos. Isso mostra que, apesar de iniciativas para combater a corrupção, os resultados têm sido modestos.
Mas não é só o Brasil que enfrenta esse desafio. A liderança do ranking de corrupção ficou, mais uma vez, com a Somália, que marcou apenas 12 pontos. A Síria e o Sudão do Sul seguem de perto, com 13 pontos cada.
Esses países enfrentam conflitos internos, crises humanitárias e governos instáveis, fatores que alimentam a corrupção. Em contrapartida, países como a Dinamarca, a Finlândia e a Nova Zelândia ocupam os primeiros lugares no ranking dos menos corruptos, com pontuações superiores a 90.
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Agora, voltando ao Brasil: o que impede o país de avançar? Bem, são vários fatores. A lentidão do sistema judiciário, os escândalos políticos frequentes e a falta de reformas estruturais contribuem para essa estagnação. Mas não é só isso. A percepção da sociedade em relação à corrupção também tem seu peso, e com tantos casos de destaque nos noticiários, é difícil que o otimismo prevaleça.
Mas calma, nem tudo está perdido. Segundo especialistas, o Brasil tem potencial para melhorar sua posição no ranking. Iniciativas como maior transparência em contratos públicos, fortalecimento de órgãos de fiscalização e maior engajamento da sociedade civil podem fazer a diferença. Mas isso demanda tempo, vontade política e pressão social constante.
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Além do impacto interno, a corrupção afeta a imagem do Brasil no cenário global. Investidores internacionais, por exemplo, consideram o IPC antes de decidir onde aplicar recursos. Quanto maior a percepção de corrupção, maior a desconfiança. E isso, claro, prejudica o crescimento econômico e o desenvolvimento social.
Por fim, é essencial lembrar que o combate à corrupção não é responsabilidade exclusiva do governo. Empresas, organizações e cidadãos têm papéis importantes nesse esforço. Afinal, a corrupção não é só sobre cifras astronômicas desviadas. É sobre escolas sem recursos, hospitais sucateados e a perpetuação de desigualdades que já deveriam ter sido superadas.
Mas será que dá para virar o jogo? Talvez a resposta esteja em uma mistura de coragem para enfrentar o problema, políticas públicas eficazes e, claro, um pouco de esperança. Porque, no fim das contas, o Brasil ainda é o país do “jeitinho”, mas talvez seja hora de transformar essa fama em criatividade para soluções éticas e inovadoras.
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