O Brasil registrou um déficit em transações correntes de US$ 5,162 bilhões em julho de 2024, informou o Banco Central nesta segunda-feira (26). Esse valor é maior que o déficit de US$ 3,6 bilhões observado no mesmo mês do ano anterior. Nos últimos doze meses encerrados em julho, o déficit acumulado foi de US$ 34,8 bilhões, o que corresponde a 1,56% do PIB, comparado a US$ 33,2 bilhões (1,48% do PIB) no mês anterior e US$ 37,7 bilhões (1,82% do PIB) em julho de 2023.
Os investimentos diretos no país (IDP) em julho somaram US$ 7,258 bilhões, superando a projeção de US$ 6 bilhões feita por especialistas consultados pela Reuters. Desse total, os ingressos líquidos em participação no capital alcançaram US$ 6,4 bilhões, sendo US$ 2,8 bilhões em participação no capital, exceto lucros reinvestidos, e US$ 3,7 bilhões em lucros reinvestidos. As operações intercompanhia registraram ingressos líquidos de US$ 826 milhões. O IDP acumulado nos últimos doze meses atingiu US$ 71,8 bilhões, representando 3,23% do PIB, levemente acima dos US$ 71,6 bilhões (3,21% do PIB) em junho, mas abaixo dos US$ 66,9 bilhões (3,24% do PIB) em julho de 2023.
As reservas internacionais do Brasil somaram US$ 363,3 bilhões em julho de 2024, um aumento de US$ 5,5 bilhões em relação ao mês anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente por contribuições positivas de variações nos preços, que somaram US$ 3,0 bilhões, e por paridades, com um acréscimo de US$ 1,4 bilhão. Além disso, as receitas de juros no mês totalizaram US$ 745 milhões.
No mercado doméstico, os investimentos em carteira resultaram em ingressos líquidos de US$ 753 milhões em julho de 2024. Esse resultado foi composto por ingressos líquidos de US$ 859 milhões em ações e fundos de investimento, contrabalançados por saídas líquidas de US$ 106 milhões em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em julho de 2024, os investimentos em carteira somaram ingressos líquidos de US$ 1,1 bilhão.
*Com informações Reuters