Conforme reportagem do The Business Standard, antes da cúpula anual que será realizada na África do Sul nos dias 2 e 3 de junho, 19 países demonstraram interesse em aderir ao grupo dos BRICS, composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Durante o encontro em Cidade do Cabo, será discutida a possibilidade de ampliação do bloco.
Segundo declarações do embaixador da África do Sul, Anil Sooklal, treze países formalmente solicitaram a entrada no bloco dos BRICS, enquanto outros seis países fizeram pedidos informais.
Sooklal disse que Árabia Saudita e Irã são um dos países que pediram para integrar o grupo.
A reunião dos ministros de Relações Exteriores dos países-membros está marcada para os dias 2 e 3 de julho na África do Sul, com o propósito de debater a possível admissão de novas nações.
Desde a inclusão da África do Sul em 2010, não houve nenhuma outra admissão de países no grupo.
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Expansão
No ano passado, a China liderou o BRICS e propôs a expansão do grupo como uma estratégia para ampliar sua influência diplomática e contrapor o domínio dos países desenvolvidos na ONU.
Entretanto, a sugestão de ampliação causou preocupação entre os demais membros, que temiam a diluição de sua própria influência, especialmente se países próximos a Pequim fossem admitidos.
Vale destacar que o PIB da China é mais de duas vezes maior que o somatório do PIB dos outros quatro países-membros dos BRICS.
Além da questão de sua composição, os membros dos BRICS também discutirão outros pontos de tensão, como a situação no Sudão, onde um conflito entre o exército e grupos paramilitares se prolonga há dez dias consecutivos.
Brasil no comando
Nesta quinta-feira (13), a ex-presidente Dilma Rousseff assumiu a presidência do Banco dos Brics com presença de Lula na cerimônia em Xangai.
Dilma presidirá o Banco dos Brics até julho de 2025, indicada pelo governo Lula. Nos últimos dias, a ex-presidente participou de encontros do banco.
Dilma mudou-se para Xangai para assumir a presidência do banco dos Brics.
No seu discurso de posse, Dilma expressou seu orgulho por ter sediado em Fortaleza a cúpula que originou o Banco dos Brics em 2014.
A nova presidente destacou o papel crucial do banco no financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável.