Nesta terça-feira (23), a Caixa Econômica Federal iniciou a atualização dos dados cadastrais dos usuários do aplicativo Caixa Tem para os cidadãos que nasceram em junho. A atualização segue até o dia 31 e não é obrigatória.
O Caixa Tem é o aplicativo que a Caixa libera aos trabalhadores para que os mesmos possam ter acesso as contas digitais que são utilizadas para pagar diversos benefícios como a nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial, Benefício Emergencial (BEm), Bolsa Família, dentre outros programas de repasse de renda do governo.
Como dito, a atualização não é obrigatória e não tira o direito dos usuários de movimentarem seus benefícios, incluindo o Caixa Tem, outro detalhe importante é que a atualização do aplicativo não tem qualquer ligação com a liberação da nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial. O mesmo é apenas é utilizado como um canal de acesso dos trabalhadores ao saldo pago pelo governo.
Atualização e calendário
A atualização de dados do Caixa Tem está ocorrendo de forma escalonada, sendo liberado conforme o mês de nascimento do usuário. A atualização é para garantir mais segurança e agilidade nos serviços prestados pela Caixa Econômica Federal.
Veja o calendário para atualização do aplicativo Caixa Tem, conforme o mês de nascimento do usuário.
Nascidos em | Devem atualizar dia |
Janeiro | 14 de março |
Fevereiro | 16 de março |
Março | 18 de março |
Abril | 20 de março |
Maio | 22 de março |
Junho | 23 de março |
Julho | 24 de março |
Agosto | 25 de março |
Setembro | 26 de março |
Outubro | 29 de março |
Novembro | 30 de março |
Dezembro | 31 de março |
Na prática, a atualização faz o usuário aderir a uma poupança digital diferente, que recebeu o nome de “Cliente Top”. O usuário é obrigado a concordar com um termo de contrato antes de iniciar a atualização.
A Caixa ainda não divulgou quais serão os serviços oferecidos ao “Cliente Top” —o site do banco sequer menciona essa modalidade. Mas o UOL apurou que o foco será em microcrédito e seguros voltados ao público de baixa renda.
Na atualização, após declarar que concorda com os termos de adesão e assinalar a opção “Quero ser um Cliente Top”, o usuário precisa informar dados geralmente solicitados por bancos para oferecer linhas de crédito, como:
- Nacionalidade
- Endereço
- Se trabalha e se tem carteira assinada
- Renda mensal
- Profissão
- Patrimônio
Depois de confirmar os dados, o cliente precisa ainda enviar duas fotos. A primeira é de um documento de identificação (RG ou CNH). A segunda, uma “selfie” (foto do próprio rosto) em que a pessoa esteja ao lado do documento da foto anterior.
Regras do Auxílio Emergencial
Número de parcelas
Serão liberados quatro pagamentos. Os repasses estão previstos para começar em abril e terminar em julho
Valor
As parcelas variam de acordo com a formação familiar. O valor padrão é de R$ 250. Para mulheres chefes de família, o valor será de R$ 375. Pessoas que vivem sozinhas receberão R$ 150 por mês
Beneficiários
Governo estima que o benefício será pago a 45,6 milhões de famílias. São 28,6 milhões de pessoas que se cadastraram nas plataformas da Caixa, 10,7 milhões do programa Bolsa Família e 6,3 milhões do cadastro único de programas sociais
Quem pode receber
Trabalhadores informais com renda de até meio salário mínimo (R$ 550) por pessoa e renda familiar total de até três salários mínimos (R$ 3.300). Também é necessário cumprir critério de rendimento tributável máximo de R$ 28.559,70 em 2019 e de patrimônio máximo de R$ 300 mil
Quem não pode receber
- Pessoas que recebem benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista, exceto Bolsa Família e abono salarial
- Residentes médicos ou de outras áreas, beneficiários de bolsas de estudo e estagiários
- Menores de 18 anos, exceto mães adolescentes
- Presos em regime fechado
- Pessoas residentes no exterior
- Beneficiários do auxílio que não movimentaram valores da assistência em 2020 em sua conta digital Caixa ou que tiveram a assistência do ano passado cancelada
Limite por família
Programa permitirá que apenas uma pessoa por família receba o benefício. Em 2020, governo autorizou o pagamento para até duas pessoas por lar