A Americanas virou assunto da Câmara dos Deputados, isso porque a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) vai investigar o processo de recuperação judicial da empresa. A CPI foi instalada nesta quarta-feira (17).
Vai presidir a CPI o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE), e o relator do caso será Carlos Chiodini (MDB-SC).
Os deputados vão usar a CPI para ter mais detalhes sobre as inconsistências de quase R$ 20 bilhões nos lançamentos contábeis da Americanas.
“O Brasil não pode ser uma terra sem lei para um grupo econômico, seja do tamanho que for, praticar fraudes e lesar os consumidores”, afirmou Gustinho Ribeiro. ” Mesmo sendo uma empresa privada, ela acaba colocando em cheque um sistema”, completou Carlos Chiodini.
Tudo indica que durante a CPI, os deputados deverão ouvir funcionários e ex-funcionários da Americanas, bem como a diretoria da 3G Capital, holding de investimentos privado que detinha a empresa – Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira podem ser convocados a depor.
Até as empresas externas que faziam auditorias na Americanas também devem depor diante da CPI.
A duração da CPI será de 120 dias, com sessões às terças-feiras e quintas-feiras.
A Americanas continua sua batalha contra a crise financeira que assolou a empresa. Desta vez, para diminuir os custos, a rede de lojas fechou duas unidades em Salvador (BA). As lojas ficavam no Rio Vermelho e no bairro de Brotas. Segundo informações da própria empresa, o encerramento das atividades ocorreu devido a um projeto de transformação da rede em meio à recuperação judicial.
Uma das lojas fechadas em Salvador já funcionava há 11 anos na Avenida Dom João VI. Já a loja do Rio Vermelho era a mais tradicional da Americanas na capital baiana.
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A crise da Americanas começou no dia 11 de janeiro deste ano, quando foi comunicado ao mercado inconsistências contábeis em torno de R$ 20 bilhões, levando a varejista entrar com um pedido de recuperação judicial dias depois, que foi aceito pela Justiça.
Segundo a própria companhia, as dívidas são de R$ 42 bilhões e 7.720 credores oficiais, conforme solicitado pela Justiça do Rio de Janeiro. As lojas estão endividadas com grandes bancos brasileiros, sendo mais de R$ 22 bilhões divididos entre apenas nove bancos.
A empresa foi exposta pelo Deutsche Bank, pela dívida de US$ 1 bilhão de dólares, algo em torno de R$ 5,2 bilhões que a varejista tem com a instituição financeira.
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