Após uma sequência de cinco dias de quedas, totalizando uma desvalorização de 3,40%, o dólar à vista registrou alta nesta quarta-feira, voltando a fechar acima da marca de R$ 4,90. Operadores apontam que o cenário internacional, marcado por aversão ao risco e perdas em moedas emergentes, motivou movimentos de realização de lucros no mercado doméstico.
Mesmo que tenha uma influência menor na formação da taxa de câmbio, o desconforto com a situação fiscal interna, agravado pelo déficit do setor público consolidado em setembro, também pressionou o real. O dólar à vista encerrou o dia com alta de 0,66%, cotado a R$ 4,9071, após oscilar entre R$ 4,8720 e R$ 4,9170. Apesar do rebote, a moeda norte-americana acumula uma baixa de 2,66% no mês.
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A liquidez no mercado futuro de câmbio permaneceu moderada, indicando que não há uma reversão significativa de tendência ou mudança importante nas posições dos investidores. A participação do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em uma conferência em Washington, não trouxe sinais claros para orientar as negociações. Powell não fez comentários sobre a política monetária, frustrando expectativas de um reforço ao tom mais suave adotado pelo BC americano na semana anterior.
No cenário internacional, o índice DXY operava entre uma ligeira alta e estabilidade. O dólar norte-americano se fortaleceu em relação à maioria das moedas emergentes e de países exportadores de commodities. Os pesos chileno e colombiano, entre as moedas latino-americanas, sofreram as maiores perdas, ultrapassando 2%. As cotações do petróleo também caíram, com o contrato do tipo Brent rompendo o patamar de US$ 80 pela primeira vez desde julho.
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Felipe Izac, sócio e head de câmbio da Nexgen Capital, destaca que o recente declínio do dólar, que o levou abaixo de R$ 4,90, foi impulsionado principalmente pelo tom dovish do Fed na semana anterior. O movimento de realização e ajustes desta quarta-feira reflete, em parte, uma normalização do mercado, com o ambiente externo menos favorável. O recuo recente do dólar atraiu mais importadores, influenciando a dinâmica cambial.
No cenário nacional, as atenções estão voltadas para a possível votação da reforma tributária em primeiro turno no Senado e para o debate em torno da mudança da meta fiscal de 2024. Após um encontro com líderes partidários, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou confiança na aprovação ainda este ano da regulamentação das subvenções do ICMS. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, elogiou o trabalho de Haddad e alertou sobre os custos de alterar a meta fiscal de 2024, enfatizando a importância de manter a solidez fiscal em meio às condições desafiadoras do cenário global.
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