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O câmbio fixo, como estratégia econômica do governo brasileiro para frear a inflação, já foi usado algumas vezes e, para muitos especialistas, da forma mais eficiente possível, ou seja, por tempo determinado.
Em outros países, no entanto, a escolha de manter a moeda local alinhada com o dólar por um período prolongado traz efeitos severos para sua economia, o que faz com que muitas pessoas questionem a sua adoção.
Mas, considerando que a decisão de ter um câmbio fixo ou flutuante frente ao dólar está em esferas políticas e de gestão econômica, como isso pode afetar a vida das pessoas e empresas no dia a dia?
A resposta é que a escolha do regime cambial exige que empresas e profissionais que lidam com comércio exterior e áreas correlatadas saibam criar estratégias e aproveitar as oportunidades que o cenário acaba gerando.
Veja a seguir algumas informações essenciais que podem ser usadas com esse objetivo.
Câmbio fixo é um regime cambial onde o valor da moeda local é fixado em paridade com outra moeda estrangeira ou valor de referência, como o do ouro.
Porém, como o Dólar é a moeda mais utilizada em operações de compra e venda internacionais, o mais comum é que ele seja a referência para o câmbio fixo estipulado por um país.
É importante saber que, junto com a taxa de juros, a taxa de câmbio é uma das principais ferramentas da economia para controle da sua inflação, afinal de contas, de forma resumida, ela representa a razão entre os preços gerais de dois países, quando comparados.
Se a taxa de câmbio do Real permanece inalterada em relação ao Euro, por exemplo, significaria que as duas moedas teriam a mesma forma e alterações em sua valorização.
Ou seja, não haveria hiperinflação do Real nesse caso, a menos que a moeda oficial da União Européia também estivesse vivendo o mesmo momento econômico.
Em um mundo globalizado, importações e exportações fazem parte do cotidiano de muitos negócios e segmentos, seja para a compra de insumos, seja para a venda de suas produções, por isso, o regime cambial e a taxa de câmbio afetam diretamente seus resultados.
O regime de câmbio fixo ganhou expressão mundial no século XIX e sua âncora cambial mais utilizada era o padrão-ouro.
Nele, as moedas dos países tinham um valor de troca a partir de sua comparação com o ouro e qualquer indivíduo ou instituição poderia fazer sua conversão.
Após a Primeira e a Segunda Guerra no século XX, o padrão-dólar tornou-se mais popular por conta da ascensão econômica dos Estados Unidos.
A Conferência de Bretton Woods estabeleceu que as moedas das principais economias teriam um câmbio fixo em relação à moeda americana, que manteria um valor fixo em relação ao ouro.
Porém, no governo de Nixon, os Estados Unidos também tiveram dificuldade em manter sua taxa de câmbio fixa em relação ao ouro, e em 1972, abandona o padrão ouro e faz com que todas as moedas que estavam fixadas ao seu valor passassem a ter seu câmbio flutuante.
No Brasil, o câmbio fixo já foi usado algumas vezes, usando sempre o Dólar como âncora cambial.
Em nosso histórico de políticas econômicas, vivenciamos esse regime, em:
Em todos esses momentos, o câmbio fixo foi usado para conter a inflação.
Mas, especialmente nas duas últimas ocasiões, ela estava no status de hiperinflação, o que exigiu medidas monetárias mais severas, como a troca da moeda.
Porém, não adianta apenas mudar o nome da moeda, é preciso dar credibilidade à ela.
Para isso, o câmbio fixo usa outra moeda forte, como o dólar, para fortalecer a nova moeda.
Essa estratégia é eficiente, mas, é claro, depende de outras medidas internas e externas.
Para um regime de câmbio fixo funcionar integralmente, ou seja, a taxa de câmbio permanecer de 1 moeda local por 1 moeda estrangeira âncora, é preciso colocar em ação um Currency Board, que é uma agência de conversão de moeda.
O papel da Currency Board é manter as reservas internacionais em um volume igual ou maior que a base monetária da moeda nacional.
Assim, ela pode atuar trocando uma moeda pela outra dependendo do movimento realizado pelo mercado e players.
Usando um exemplo para entender o funcionamento do câmbio fixo e Currency Board, se uma empresa importa seus produtos para outro país, recebe seu pagamento em dólar.
A Currency Board, então, retém a moeda estrangeira e repassa a empresa a quantia convertida em moeda nacional.
Como o câmbio fixo é de 1 para 1, a empresa vai receber a mesma quantia que negociou.
Já na exportação, a Currency Board vai fazer o processo contrário, ou seja, a empresa que comprou insumos de fornecedores de outro país, por exemplo, vai pagar em moeda nacional, mas, a Currency Board vai converter esse valor na moeda estrangeira âncora.
Com isso, a taxa de câmbio se mantém fixa.
Vale lembrar que a Currency Board não realiza nenhuma política monetária ou cria moeda nacional, apenas faz a troca de uma pela outra.
O câmbio fixo traz alívio a inflação mantendo o valor da moeda no mercado internacional, mas, como existem outras variáveis, não é um regime sustentável.
Assim, apesar dos objetivos não mudarem, a estratégia muda.
Entra em cena o câmbio flutuante, que determina o valor da moeda nacional em relação às moedas estrangeiras de acordo com a oferta e demanda por elas.
Ou seja, o governo deixa de atuar no controle do valor da moeda.
Mas, quais são as diferenças fundamentais entre esses dois regimes econômicos?
a confiança da moeda nacional é construída por seu valor real, risco do país, estabilidade política, econômica etc;
Essa intervenção governamental, comprando ou vendendo dólares, por exemplo, para intervir na taxa cambial da moeda nacional, é chamada de “câmbio flutuante sujo”, porque não acontece integralmente como o previsto.
Na atualidade, o Brasil mantém o câmbio flutuante e, portanto, faz o controle da inflação por outros meios.
Mas, ainda assim, vai atuar no mercado vendendo suas reservas de moeda estrangeira ou comprando no mercado para que a cotação do Real em relação a outras moedas não prejudique suas políticas e comércio exterior.
A possibilidade de ter uma intervenção governamental gera algumas incertezas no mercado, afinal de contas, algumas pessoas e empresas ganham com o dólar alto, outras, com ele baixo.
Se uma empresa ou investidor, é afetado diretamente por essas variações, sabe que, em longo prazo, os investimentos tendem a ser mais satisfatórios.
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