Um estudo recente da KPMG revelou que o programa preventivo coordenado pelos diretores de compliance entrevistados neste levantamento foi impactado pela crise provocada pela pandemia da covid-19.
Com isso, 40% desses líderes afirmaram que a capacidade de investigar fraude, corrupção e desvios de conduta foi inibida frente aos desafios do distanciamento social e da baixa maturidade tecnológica.
A pesquisa foi realizada, no mês de maio, com 40 executivos da área (chief compliance officer – CCO) que atuam em empresas brasileiras de diversos setores da economia.
Segundo o relatório, dentre os principais impactos reportados pelos entrevistados, os riscos emergentes é parte importante das atividades do dia a dia.
Fatores como doações, necessidade de contratação de novos terceiros e novas regulamentações se destacaram como novos elementos de risco de fraude, corrupção e desvios de conduta.
“Os diretores de compliance justificaram a redução ou suspensão das investigações pelo fato de não estarem preparados para o trabalho remoto, além da carência de tecnologia para conduzir as entrevistas no âmbito das investigações de modo remoto. Por outro lado, eles apontaram um aumento na quantidade de relatos. Além das atividades rotineiras, eles passaram a conduzir investigações relacionadas aos riscos emergentes da covid-19 como, por exemplo, adaptação das condições de trabalho, situações de aglomeração, uso de equipamento de proteção individual (EPI) em atividades essenciais, redução de jornada, abusos em reuniões virtuais, grupos de risco, relacionamento com agentes públicos, doações, compras emergenciais, conflitos de interesse e fraudes digitais”, explica o sócio da área forense e compliance da KPMG, Emerson Melo.
Com relação ao impacto da pandemia nas atividades de compliance das organizações, 43% dos entrevistados disseram que as ações desse tipo nas empresas foram afetadas de forma muito relevante, 40% de forma relevante, 14% irrelevante e 3% não sofreram impacto.
Já os principais impactos que foram reportados pelos diretores de compliance dizem respeito ao orçamento (42%), adaptações a riscos emergentes (41%), monitoramento de controle e condições de investigação (22%).
Quando questionados sobre os investimentos na estrutura de compliance após o início da pandemia, 73% suspenderam os investimentos em pessoas, processos e tecnologia, 17% contrataram consultorias para apoio nos desafios relacionados a gerenciamento de terceiros, treinamento e comunicação e apenas 10% informaram ter contratados analistas nesse período.
Os entrevistados foram questionados na pesquisa ainda sobre a expectativa com a relação à retomada plena das atividades de compliance.
Quarenta e três por cento deles disseram que o regresso deve acontecer entre três e seis meses; 40% acreditam que esse prazo será apenas em 2021; 10% acham que vai ser de um mês; e 7% entre dois e três meses.
Já sobre a relevância da função de compliance no período pós pandemia, 67% apontaram que ela continuará a ser considerada importante pela alta administração, 27% afirmam que será vista ainda como mais estratégica dado o envolvimento no gerenciamento de crises e 14% disseram que acreditam que será avaliada apenas como uma atividade operacional.
A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory.
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