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Carf continua aplicando voto de qualidade em seus Julgamentos

por Gabriel Dau
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Photo by @freedomz / freepik

Mesmo após a publicação da Lei 13.988/2020, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) ainda continua aplicando o voto de qualidade em seus julgamentos.

Em junho, houve a retomada das sessões no Órgão e, desde então, já foram proferidas decisões baseadas no mecanismo de desempate.

No entendimento do Conselho, a norma que extinguiu o voto de qualidade não abrange a totalidade dos tipos processuais analisados pelos conselheiros.

Essa afirmação ganha força com a portaria publicada na última sexta-feira, 3 de julho, pelo Ministério da Economia.

Nela, foram estabelecidas algumas exceções para a Lei do Contribuinte Legal.

Para o Carf, apenas os julgamentos envolvendo os processos decorrentes de autos de infração são enquadrados dentro da Lei sancionada em abril.

Dessa forma, embargos e demais processos de natureza processual estão passíveis do mecanismo conhecido como voto de qualidade — quando há empate na votação, o presidente da turma julgadora, que representa o Fisco, é o responsável pelo decisão final.

De acordo com a Portaria nº 260 do Ministério da Economia, o entendimento do Carf está correto.

Assim, apenas os autos de infração estão livres do voto de qualidade.

Além disso, a nova lei tem validade somente para julgamentos realizados a partir da data de publicação do dispositivo legal em questão, 14 de abril.

Dezenas de decisões já foram proferidas restringindo a nova lei.

Entre os processos decididos ainda pelo voto de qualidade estão o de uma clínica médica e o de uma distribuidora de combustíveis que discutiam o pagamento do Imposto de Renda através de compensação.

Os casos foram analisado pela 1ª Turma da 2ª Câmara da 1ª Seção e pela Câmara Superior, respectivamente.

Exclusivamente focada na área fiscal, a Stürmer & Wulff opera por meio de associações com outros escritórios de advocacia*

Por: Giovanni Stürmer, Sócio-fundador da SW

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