Conseguir crédito “na praça” não é nada fácil para quem não tem renda comprovada ou conta com muitas dívidas pendentes.
A organização das finanças pessoais também não é o forte do brasileiro. É por isso que alternativas como os cartões pré-pagos vêm ganhando cada vez mais força no mercado como meio de pagamento.
O cartão pré-pago funciona da seguinte forma: você utiliza apenas o crédito que já pagou via boleto bancário, cartão de débito, ou até mesmo cartão de crédito comum.
Dessa forma, o controle dos gastos fica sob seu total controle e, em vez de ir ganhando crédito conforme seu gasto aumenta, é você quem decide quanto quer e, especialmente, quanto pode utilizar do seu próprio dinheiro.
Para o cenário brasileiro, essa é a forma ideal de utilizar crédito para fazer compras, já que o cartão de crédito é a forma mais frequente de endividamento no país, de acordo com duas pesquisas feitas em 2020, uma do Banco Central e outra da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Portanto, adquirir crédito sem controle pode gerar sérias dívidas que não se consegue pagar depois. E isto é o que o cartão de crédito comum faz com as pessoas – oferece crédito conforme os pagamentos são feitos em dia e a renda no banco aumenta.
O problema é que, muitas vezes, o crédito fornecido é muito mais alto do que a pessoa pode pagar, contando que, apesar do aumento da renda e do pagamento em dia, outras necessidades vão surgindo.
O cartão pré-pago, entretanto, permite que você tenha sob seu domínio como e quanto quer gastar.
Isso auxilia não só no controle, como também na educação financeira do brasileiro, já que é preciso saber “quando parar”. Nos cartões pré-pagos, se não tiver dinheiro para pagar antecipadamente, você não tem como gastar.
Essa é uma forte tendência para o mercado financeiro e para todos os brasileiros que já se viram endividados por conta de um ou mais cartões de crédito.
Por Tiago Costa, Diretor de Produtos da Acesso Soluções de Pagamento