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Casa Verde e Amarela vai substituir o Minha Casa Minha Vida

Hoje (25), o governo lançou, em cerimonia no Palácio do Planalto, o programa habitacional Casa Verde e Amarela, que será o novo nome do Minha Casa Minha Vida. Na verdade, é uma tentativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de criar sua própria marca social.

Até porque o Minha Casa e Minha Vida foi criado em 2009 pelo governo do PT. Ainda bem que o atual governo reconhece que o Casa Verde e Amarela não é um programa novo, mais uma união de medidas para “aprimorar os programas habitacionais existentes e diversificar o catálogo de opções ofertado”.

O Casa Verde e Amarela terá como foco a regularização fundiária e a redução da taxa de juros, para aumentar o acesso dos cidadãos ao financiamento da casa própria. A mudança acontece através de Medida Provisória, que foi assinada hoje, pelo presidente, que depois será enviada ao congresso Nacional para votação.

Ao repaginar o Minha Casa Minha Vida, governo pretende atender as famílias com renda média mensal de até R$ 7.000,00, sendo que os incentivos maiores irão para o Norte e o Nordeste.

“Não tenho muito a dizer, apenas cumprimentar os ministros que trabalharam incansavelmente nessa questão, bem como o nosso Parlamento, que agora recebe essa MP e a aprovará, com toda certeza e, se for o caso, fará aperfeiçoamentos. Assim é que se fazem as leis, assim que nos apresentamos para atender a nossa sociedade”, disse o presidente.

O desejo é atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda com o financiamento habitacional até 2024, um incremento de 350 mil residências em relação ao que se conseguia atender com os parâmetros atuais. Isso será possível em função de negociações com o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que subsidia o programa, e com a Caixa Econômica Federal, que é o agente financeiro.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, serão contempladas as regiões Norte e Nordeste com uma redução na taxas em até 0,5 ponto percentual para famílias que tenham renda de até R$ 2.000,00 mensais e o,25 ponto para tiver um ganho entre R$ 2.000,00 e R$ 2,6 mil. No Norte e Nordeste, os juros poderão chegar a 4,25% ao ano e, nas demais regiões, a 4,5% ao ano.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho disse:

“Nós teremos um tratamento diferenciado para as regiões que historicamente têm uma condição menor em relação aos seus índices de desenvolvimento humano”.

Ele também deixou claro que, o limite do valor dos imóveis financiados no Casa Verde e Amarela também foi ampliado, com o objetivo de estimular a construção civil a atuar nessas localidades.

Renegociação e regularização

O ministro explicou ainda que o Casa Verde e Amarela permite a renegociação de dívidas dos mutuários da faixa 1, de baixa renda, o que o Minha Casa Minha Vida não permitia.

“Falamos de inadimplência beirando 40% dessas famílias. E são os mais pobres, os que ganham até R$ 1,8 mil”, disse.

Mudanças nas faixas do programa

O Minha Casa Minha tinha quatro faixas, mas o governo mudou as faixas do programa habitacional:

Faixa 1 – para famílias com renda de até R$ 1.800; Faixa 1,5 – para famílias com renda entre R$ 1.800 e 2.600; Faixa 2 – para famílias com renda entre R$ 2.600 e R$ 4.000; Faixa 3 – para famílias com renda entre R$ 4.000 e 7.000.

Veja como ficaram as faixas no programa Casa Verde e Amarela

Grupo 1 – para famílias com renda de até R$ 2.000; Grupo 2 – para famílias com renda entre R$ 2.000 e R$ 4.000; Grupo 3 – para famílias com renda entre R$ 4.000 e R$ 7.000

De acordo com cada grupo, há subsídios e programas diferentes que serão oferecidos aos cidadãos. As diferenças deverão ser especificadas em regulamentação do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha – jornalista do Jornal Contábil

Jorge Roberto Wrigt

Jornalista há 38 anos, atuando na redação de jornais impressos locais, colunista de TV em emissora de rádio, apresentador de programa de variedades em emissora de TV local e também redator de textos publicitários, na cidade de Teresópolis (RJ). Atualmente se dedica ao jornalismo digital, sendo parte da equipe do Jornal Contábil.

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