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Cashback pode elevar valor da cesta na reforma tributária

Cashback pode elevar valor da cesta na reforma tributária

03/11/2023 às 09h49 Atualizada em 03/11/2023 às 12h49
Por: Leonardo Grandchamp
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Foto: IPT
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A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) expressa seu apoio à reforma tributária e concorda com o relatório apresentado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM). No entanto, a Abras destaca a importância de exercer cautela na aplicação do mecanismo de cashback, que consiste em reembolsar parte do dinheiro gasto pelo consumidor na cesta básica.

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Dentro dos diversos aspectos da proposta de reforma tributária, o presidente da Abras, João Galassi, salienta a criação de duas categorias de cestas básicas: uma isenta de tributos e outra com uma alíquota de desconto de 60%, além do cashback.

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Galassi enfatiza que, do ponto de vista da Abras, a cesta básica isenta de tributos é consideravelmente mais eficaz como um meio de distribuição de renda em comparação com o cashback. No entanto, a associação não se opõe à inclusão desse benefício na cesta básica estendida.

O presidente da Abras afirma: "O cashback não é o instrumento mais adequado em termos de política social. A isenção completa de tributos na cesta básica seria muito mais benéfica para a população de baixa renda. Esse mecanismo pode não atender a parte da população vulnerável e, de fato, pode resultar em um aumento da carga tributária em produtos como carne e hortifruti, afetando negativamente esse grupo."

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"Contudo, dado que o Congresso optou por introduzir esse instrumento após a redução de 60% na cesta básica estendida, é importante assegurar que a devolução dos tributos seja direcionada para o consumo de alimentos. Nós não nos opomos à forma como foi apresentada", acrescenta Galassi.

Ele observa que a Abras não havia questionado o cashback em estudos anteriores, pois estava concentrada em avaliar o impacto da carga tributária. Agora, com o relatório em vigor, a entidade expressa seu apoio e acredita que, durante o debate sobre as leis complementares, poderão ser adotados instrumentos que resultem em uma redução ou neutralidade da carga tributária na cesta básica nacional isenta.

Aumento da carga tributária

O líder ressaltou que há a possibilidade de um aumento na carga tributária, que dependerá da alíquota do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), variando entre 25% e 30%, bem como da seleção dos produtos em cada uma das categorias de cestas.

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"Neste contexto, contamos com o compromisso do relator Eduardo Braga, que está empenhado em estabelecer um mecanismo de controle nessa reforma tributária relacionada ao IVA, e nós o apoiamos integralmente. Por exemplo, se a carne bovina for incluída na cesta isenta, os consumidores se beneficiarão com uma redução de impostos. Entretanto, se a carne bovina estiver na cesta ampliada, isso resultará em um aumento de 30% nos impostos atualmente pagos", afirmou.

Setor supermercadista

Segundo Rodrigo Segurado, vice-presidente de Ativos Setoriais da Abras, a reforma tributária representa o modelo de financiamento do Estado, e o Brasil enfrenta um desafio social significativo, que é a luta contra a fome entre os trabalhadores do país. "Nossos cálculos indicam que para combater a fome no Brasil, precisamos de R$ 13 bilhões para distribuir 2,6 milhões de alimentos. Essa é a dimensão do impacto social com o qual também estamos preocupados."

De acordo com o vice-presidente, a inclusão da cesta básica isenta, aprovada na Câmara dos Deputados, foi validada pelo Senado, que introduziu o cashback na cesta básica estendida com uma redução de 60% nos tributos.

"O novo texto da reforma tributária proposto pelo Senado Federal engloba uma cesta básica isenta, juntamente com uma cesta básica estendida que oferece um desconto de 60%, acompanhada do cashback. Além disso, itens como hortifruti, frutas e ovos contam com 100% de isenção; alimentos destinados ao consumo humano têm um desconto de 60% na alíquota padrão; produtos de higiene recebem um desconto de 60% na alíquota padrão; produtos de higiene menstrual podem ser isentos em até 100%, e produtos de limpeza têm um desconto de 60% na alíquota padrão. Em suma, esse é o resumo do que o Senado Federal apresenta como texto da reforma tributária com base nas propostas da Câmara dos Deputados."

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