O investidor que quer ter opções para diversificar suas aplicações e fazer seu dinheiro render tem entre os produtos um que mais se destaca: os CDBs (Certificados de Depósito Bancário).
Resumidamente, eles aliam dois requisitos importantes para quem investe: a rentabilidade e a segurança nesse caso, dada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Os CDBs se tornaram um dos investimentos de renda fixa mais procurados pelos brasileiros depois da poupança.
Para ajudar e elucidar um pouco sobre este tema, preparamos um artigo com as principais informações.
O que é CDB?
Um CDB é um título do mercado financeiro cujo significado da sigla é Certificado de Depósito Bancário. O próprio nome já indica quem são os emissores desse tipo de papel: instituições financeiras, sobretudo os bancos.
Nesse sentido, a emissão de um CDB por uma instituição bancária faz parte de sua atividade de captação de recursos. Essa atividade está na essência de um banco, que em grande parte se resume a tomar dinheiro emprestado e emprestá-lo a uma taxa maior.
Vale ressaltar que as instituições bancárias possuem outros tipos de produtos para fazer essa captação. O CDB é um deles e certamente o de maior conhecimento do público em geral.
Quais são as modalidades de CDB disponíveis?
Há diferentes formas de aplicar em um CDB considerando a sua modalidade de rendimento. Nesse sentido, um certificado de depósito bancário pode rentabilizar-se em formato prefixado, pós-fixado ou híbrido.
Cada um desses modelos possui suas características próprias. A seguir, vamos falar de cada uma delas. Confira.
- Prefixado: tem taxa de juros fixa, definida na hora da aplicação. Com isso, o investidor consegue calcular o valor que receberá quando fizer o resgate. Ao adquirir um CDB pré-fixado com rendimento de 5% ao ano, por exemplo, as flutuações da taxa de juros não importam. A pessoa receberá exatamente o que foi combinado na hora em que aplicou.
- Pós-Fixado: nesse caso, o rendimento é atrelado à variação de índices econômicos como CDI, IPCA ou Selic. O investidor sabe que o seu dinheiro vai render de acordo com essas taxas, mas não é possível ter certeza de qual será o valor final. Assim, quem escolhe um título desse tipo, sabe que deverá contar com as variações da economia.
- Híbrido: nesse caso, ocorre uma junção entre pré e pós-fixados. Assim, o rendimento soma uma taxa fixa a um índice econômico variável. Dessa forma, ao investir um CDB com rentabilidade híbrida, tem-se uma rentabilidade baseada no rendimento pré-fixado mais a variação do índice ao qual o título está atrelado. Por exemplo: IPCA + 6% ao ano.
Tipos de liquidez do CDB
Os principais tipos de vencimento que você vai encontrar são:
- CDB com liquidez diária: o resgate do dinheiro investido pode ser feito diariamente, sem perda da rentabilidade contratada. Essa modalidade também costuma ser chamada de CDB DI.
- CDB com liquidez no vencimento: o resgate do dinheiro investido pode ser feito apenas no vencimento da aplicação. Por exemplo, se você comprar um título com vencimento em 2026, terá o dinheiro disponível apenas nesta data. As exceções são se o banco ou instituição financeira comprar o seu título novamente ou se você o transferir para outra pessoa.
Neste contexto, fique atento a essas diferenças na hora de contratar um CDB. Se você optar por um título com liquidez na data do vencimento e precisar do dinheiro antes, poderá não terá acesso a ele. Se você precisa que o dinheiro esteja disponível para ser sacado a qualquer momento, a dica é escolher uma aplicação com liquidez diária.
Além disso, é importante lembrar que, como qualquer outro tipo de aplicação, quanto mais longo o prazo do investimento, maior a chance de retorno financeiro.
Com quanto posso começar a investir em CDB?
O valor mínimo para investir em CDB depende de uma série de fatores. Ele varia conforme a instituição emissora do título, o vencimento e a rentabilidade.
Sendo assim, há bancos que oferecem CDBs a partir de R$ 100, facilitando o acesso a esse tipo de investimento. No entanto, vale lembrar: valores maiores tendem a ter melhores taxas de retorno.
Como investir em CDB?
O investimento pode ser feito em bancos, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários. Para aplicar em CDBs, o investidor precisa ter seu CPF em situação regular e um cadastro em algum banco ou corretora.
Desde 2020, financeiras (sociedades de crédito, financiamento e investimento) também podem emitir CDBs.
Alguns CDBs pagam 100% do CDI, o que, na prática, equivale à taxa DI (Depósito Interbancário), calculada em B3. Este cálculo é feito com base na média ponderada dos juros utilizados em operações de empréstimos realizadas entre os bancos, conhecidas como Certificado de Depósito Interbancário. A DI, por sua vez, normalmente acompanha a taxa básica de juros da economia, a Selic.
Afinal, investir em CDB é seguro? Veja os prós e contras
Conforme falamos lá no início dessa leitura, o CDB é uma das aplicações com cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Portanto, funciona dessa maneira: caso você compre um CDB e a instituição emissora vá à falência, o FGC reembolsa valores investidos até R$ 250 mil por instituição financeira e até R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ.
Com relação aos riscos, os principais são os seguintes:
- Risco de crédito: relacionado à capacidade de pagamento da instituição financeira escolhida. É importante observar a credibilidade da instituição. Este risco é amenizado pelo FGC, que restitui os valores acima caso o banco quebre.
- Risco de mercado: relacionado à variação da taxa a qual o CDB está atrelado. É importante avaliar a tendência de subida ou queda da taxa oferecida.
- Risco de liquidez: relacionado à impossibilidade de sacar o dinheiro quando precisar, devido aos prazos de vencimento e carência. Invista em títulos com prazo de vencimento adequado à sua necessidade.
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